Francisco Phelipp Preuss

Irmão Probacionista da Rosicrucian Fellowship

Interpretação esotérica do significado das

Sete Cartas dirigidas às Sete

IGREJAS DO APOCALIPSE

por João de Patmos



As interpretações dadas à luz neste livro, são formuladas de acordo com os conhecimentos do autor sobre as Verdades ensinadas pelo Rosacrucianismo e divulgadas pelo Místico   Max Heindel, Irmão Leigo da Ordem Rosa + Cruz


6ª. CARTA

(À Igreja de Filadélfia)

 

 

A 6ª, Carta é a penúltima na Sinfonia dos 7 Ciclos, com a qual se aproxima a procissão da evolução para o ingresso no «Sanctum Sanctorum», chegando-se, então, ao máximo para que seja libertada a alma na vindoura perfeição. Mostra-nos a carta o modo de aprovação em conhecer a vida feliz do futuro, quando não haverá o empecilho da inferioridade. As ligações com o passado deixarão de existir, pois, serão dissipadas, e as almas estarão perfeitamente aptas para entrar no Templo da Fraternidade, ou seja, Filadélfia. Os irmãos da caridade, da benignidade, do amor, enfim, todos aqueles de boa vontade, encontrarão a mesa já preparada para cear com o Senhor. Em Filadélfia a discórdia não terá mais lugar, havendo compreensão até mesmo para os erros, os quais não atingirão àqueles da benignidade. Os conceitos de restrições unilaterais não existirão mais e os dogmas terão sido extintos. A religião do futuro será a Fraternidade, em cuja época todas as religiões de hoje terão desaparecido. Não haverá distúrbios nem mal-entendidos como se verifica hoje, em conseqüência das interpretações de ser esta ou aquela a religião privilegiada de Deus, outorgando direitos a alguns para encontrar os Céus e arremeçando outros ao inferno, eternamente. Não poderá mais o sacerdote que, privilegiado hoje se julga por um sacramento, transmitir bênçãos a quem achar ele por bem fazê-lo, porque naquela época todos viverão dentro do verdadeiro sacramento, que é o de Deus, e não do homem. Não obstante, ainda haverá remanescentes entre a massa humana que não andarão corretamente e não compreenderão os tempos em que se encontram. Haverá, portanto, em Filadélfia e até na 7ª Igreja de Laodiceia, atrazados, deficientes ou, por assim dizer, maldosos. Todavia, não poderão naquela época como agora, satisfazer suas paixões e inferioridades, pois, serão reconhecidos por suas próprias maldades. A Fraternidade não poderá ser ludibriada pelo egoísmo, por isso que, tudo quanto for contrário a ela será automaticamente rejeitado. O «EU SOU», vivendo nas almas, reconhecerá quem for deficiente em qualidade. Até em Filadélfia os escolhidos separar-se-ão dos ineptos por faltar a estes a luz do intelecto.

   Compreende-se o acima mencionado lendo o versículo 7º:

                «Ao Anjo da Igreja em Filadélfia escreve: Estas cousas diz o santo, o verdadeiro, àquele que                 tem a chave de David, que abre e  ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre.»

Claro está que, quem fala é Cristo, a Verdade. Aquele que tem a verdade em Si, sempre a teve e sempre a terá, não modificando jamais o seu aspecto por ser absoluto. O Absoluto não se pode modificar, por ter todos os aspectos possíveis em Si e por ser a origem de todas as cousas manifestas e as imanifestadas. Acha-se a Verdade na Chave de David. O Apocalíptico, pela primeira vez, fala sobre algo palpável quando se refere a uma chave. A chave é geométrica, relacionando-se com a Verdade. A sua configuração é a de um hexagrama, ou seja, uma estrela de seis pontas e que era encontrada no escudo do Rei David; um triângulo perfeito para cima e outro para baixo, A perfeição desta estrela jamais poderá ser igualada na forma ou na estética. As medidas são exatas e manifestam uma beleza extraordinária. Tal simetria nos proporciona um sentimento de perfeição divina. Hermes Trimegisto (“três vezes sábio”) proferiu o célebre axioma que já conhecemos: «Como é acima é abaixo». Essa máxima verdade pode ser aplicada na Chave da David, pois, a ponta de baixo se apresenta em cima, e girando este emblema para qualquer lado sempre mostrará una ponta para cima e a outra para baixo. As linhas se cruzam nas mesmas distâncias e nunca perdem o seu valor matemático. As forças sempre se encontram no mesmo nível, expressando a sua resistência mecânica inexpugnável. Deus é tão perfeito acima como é abaixo. Não existe diferença, pois, as forças são iguais em qualquer parte. Deus é perfeito em Si, como o é no homem. Dentro do microcosmo, que é o homem, está o Macrocosmo - DEUS. As bases divinas são iguais acima como abaixo, e se virarmos a estrela, encontraremos as mesmas bases. As laterais não são auxiliares na forma; aparentemente são, mas, na realidade, são bases, dependendo apenas de girarmos o emblema. Em sua feição abstrata, já dissemos tratar-se da VERDADE, de DEUS, e pelo lado material, conforme o desenho se apresenta, vemos harmonia em todas as direções. No plano abstrato a direção não existe, pois, o ABSOLUTO não tem medidas de direção, entretanto, temos a chave de David e para conhecermos a sua função, devemos desenvolver a força de aplicação em nós mesmos. Deus infiltra-se pelas partes de cima, colocando Sua ponta no nível mais baixo, para depois formar novo triângulo, colocando a Sua ponta no nível mais alto. Em sua configuração, encontramos duas pontas exatas em oposição. Deus em Sua espiritualidade, liga-se com a Sua ponta voltada para baixo; a mataria, para levantar-se com a mesma força ao ponto mais alto na ilimitação de Si mesmo. Ensina a estrela a união de Deus em seis diferentes direções, unidas com as Suas criações; em nosso caso, com a humanidade. Falando pela Bíblia, podemos dizer, com respeito à chave de David, o seguinte: «Assim como Deus vive no homem, também, o homem vive em Deus».

«O Verbo-Espírito-Adam-Terreno» é igual ao Divino-Homem-Espiritual. A lógica destas interpretações não é outra, senão que o espiritualista se habitue à convivência de Deus nele. O Ritual Rosacruz ensina perfeitamente este fato. A chave está em nós mesmos, e com a qual podemos abrir e fechar. Outro não será capaz de abrir onde nós abrirmos e nem de fechar onde nós fecharmos. E o que é que devemos abrir e fechar? O portículo que nos abre e   nos fecha os Céus, ou seja, a Glândula Pineal que se constitui na porta pela qual nos projetamos às Alturas. 

Só nós mesmos podemos abrí-la e fechá-la. Cada um de nós possui a sua chave. O aspirante sabe como se projetar ao espaço por sua porta. Uma outra pessoa não pode ensinar-lhe este serviço. Muito bem diz o versículo: «Aquele que abre, outro não sabe fechar, e quem fecha, ninguém sabe abrir». Esta é a lição. Ninguém e nenhuma força externa saberão abrir, a não ser o próprio Espírito, o EGO. Existe uma particularidade neste ensinamento: O aluno valoroso, coordenador de suas forças, em suas experiências, será de uma forma qualquer ensinado por seu Mestre. O Mestre conhece a possibilidade de seu aluno que nem sempre sabe a sua posição à frente do supra-sensível e assim, proporciona-lhe o ensinamento indireto de que necessita.

Em nossas explicações, chegamos a um ponto mui delicado. Devemos fazer um ligeiro retrospecto sobre os acontecimentos em nós mesmos. Foi ensinado ter o EGO que se comunicar com as partes superiores por intermédio de uma alma pura, após haver queimado suas impurezas. O prêmio se constitui na chave de David. As 5 Cartas levaram o candidato durante as 5 Igrejas a adquirir os elementos necessários para o ingresso no 6º Ciclo. Os corpos coordenam-se na seguinte cronologia:

Veículos

Igrejas

Corpo Denso

na Igreja de Éfeso

Corpo Etéreo

na igreja de Esmirna

Corpo Emocional

na igreja de Pérgamo

Corpo Mental Concreto

na igreja de Tiatira

Corpo Mental Abstrato

na igreja de Sardes

 

Durante as 5 Igrejas anteriores, reúne-se a essência destas que culmina numa 6ª. qualidade, o AMOR. Cristo apresentou-se à mente concreta em forma humana por demonstrações externas e tocava na mente abstrata quando transformava o ódio em amor, por exemplo: ao andar sobre as águas. Efetuou as demonstrações, mas não pôde convencer a mente que duvidava. Ficou o amor em suspenso nas almas adiantadas. A Igreja de Filadélfia requer a demonstração concreta e externamente em ações daquilo que existe em suspensão interna. Cristo deve ser encontrado face a face, assim como se o próprio semblante fosse o de Cristo, o qual deve olhar em nossos semblantes, como se   fossemos   o   Seu    próprio espelho.

A seguir temos o 8º. versículo que diz:

                «Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém                 pode fechar - que... tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra, e não                 negaste o meu nome».

 Prosseguindo com o 9º versículo completamos o anterior:

                «Eis que alguns dos que são da Sinagoga de Satanás, desses que a si mesmo se declaram                 judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir  prostrar-se aos teus pés, e                 conhecer que eu te amei».

Simplifiquemos a redação do último versículo: «Farei vir e prostrarem-se aos teus pés aqueles que se declaram judeus e não o são». Estes pertencem à Sinagoga de Satanás, pois, são mentirosos e para que saibam que meu amor está convosco.

Anteriormente, falamos sobre a «porta e a chave de David, que abre e fecha». O versículo 8º trata sobre uma porta aberta que ninguém fecha. Temos que reavivar as explicações ditas anteriormente. É de suma importância para os tempos da 6ª. Igreja a precipitação dos acontecimentos em movimento contínuo. Parece ser obrigação de cada um que saiba projetar-se pela porta aberta ao espaço. Quem consegue fazer isto? Aquele que não negou a palavra de Deus, guardando o Seu nome no CORAÇÃO; aquele que, mesmo envolvido em fraquezas, não se esquecera que o seu coração guardava o amor. DEUS É AMOR e sem esta faculdade, diz o versículo, não poderemos ter ingresso em Filadélfia. O Espírito Divino espera dos Espíritos de Vida e Humano, que dominem nas órbitas de suas faculdades, passando livremente pela porta aberta de sua força de amor, criando no futuro sem cooperação do corpo denso. 

A seguir, diz o versículo a respeito dos judeus que não o são, sendo antes mentirosos e pertencentes à Sinagoga de Satanás.

Como sempre, também neste versículo não devemos ler a palavra ao pé da letra. Quem são os judeus que se confessam na Sinagoga de Satanás? São os mentirosos, os intelectuais, os escribas, enfim, os que prostituem e deixam prostituir a sua mente. Somente o intelectual sabe dar um segundo sentido à palavra. Portanto, os que são apenas cerebrais, faltam-lhes o coração e, por isso, não são sinceros. São estes os judeus pertencentes à Sinagoga de Satanás. Resulta da mentira a incapacidade de passar pela porta. O hipócrita não crê nos sentimentos elevados, pois, o seu próprio coração está fechado. Satanás não tem coração e os que nele crêem retardam-se na evolução. Muitos dos intelectuais e, também, aqueles emotivos de pouca inteligência, gostam de falar em amor. Deve-se, portanto, tomar todo cuidado contra estes, pois, nenhum nem outro servem à vida positiva. Escolas de semi-espiritualidade infundem no caráter a emoção, e como estes não raciocinam, não podem, também, tirar conclusões sobre os acontecimentos externos e nem a respeito dos fenômenos psíquicos. São criaturas que se entregam passivamente sem se responsabilizar por aquilo que lhes possa ocorrer. A sua inteligência é cega. Quanto aos outros, isto é, os que prostituem e deixam prostituir a sua mente, se desarmonizam, conforme já temos demonstrado. Ambas as classes, por isso, tornar-se-ão ineptas para a vindoura estrutura dos acontecimentos.

Diz, ainda, o 3º versículo: «Que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome», À primeira vista encontramos nesta frase uma atmosfera oposta. A questão de «pouca força» refere-se à vida real material e o resto, das cousas irreais. Acontece o seguinte: Aqueles que não se esforçarem para adquirir as fortunas terrenas têm pouca força na vida material, mas, são justamente os que guardaram e guardam o VERBO DIVINO-AMOR, que não renegaram e não negam o nome incorporado no Pai, o Cristo. Depois desta certeza do Verbo Divino incorporado nas almas que rejeitaram a materialização, virá a grande esperança como o versículo 9º deve ser entendido: «Vão se prostrar ante os pés daqueles que guardavam o NOME DE DEUS em seus corações». Vão se reconhecer àqueles que adquiriram a faculdade de guardar o NOME DE DEUS. Se imaginarmos a atividade do coração, livre de todos os sentimentos inferiores, isto é, em sua qualidade divina, em seu poder perfeito, fácil será para a nossa alma sentir que tudo ao nosso redor se prostra aos nossos pés. Exemplificando o sentido de «prostração», seria colocar à nossa frente o próprio Cristo. A Sua exaltação de uma ternura potencialíssima, faria com que nos prostrássemos ante Seus pés, visto o Seu íntimo tocar o nosso. Prostrar-nos-iamos tomados por Sua ilimitada Alma Divina, por não podermos suportar o Seu AMOR. Isso mesmo acontecerá com todos aqueles que hoje falam gloriosamente das faculdades intelectuais, adorando o intelecto como se fosse Deus. Estes mesmos vão se prostrar ante a Ternura Divina. Vejamos, pois, o que ensina o 10º versículo: 
 

                «Porque te guardas a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da                 provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para  experimentar os que habitam                 sobre a terra».

   Esse versículo caracteriza-se por sua mensagem indubitável sobre um acontecimento considerado mui sério. Não se fala de uma destruição da terra, nem da extinção de seus habitantes e sim de uma provação, de uma tentação aos povos e de seu comportamento na ocasião desta. Quando na Igreja de Filadélfia, a Fraternidade Espiritual, teremos já purificado os corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente, Em Sardes prepara-se a união dos corpos sob a égide do EGO, mas, passarão ainda por esta preparação, almas de pequena envergadura. Em Filadélfia serão submetidas à prova de qualificação para a Igreja de Laodicéa. Graças à paciência de que fala o versículo, há sempre uma possibilidade de se recuperar falhas da alma. A Fraternidade em Filadélfia proporcionará ainda esta possibilidade a todos, cujo caráter não conseguirá utilizar até lá a força unificadora da caridade. Assim, procura esta época dar o último retoque aos Filhos da Terra na iminência das mudanças dos ciclos. Serão levados os adiantados de Filadélfia à Laodicéa e mesmo lá, como mais tarde verificaremos, haverá novamente uma espécie de purificação antes da entrada em uma nova Revolução Cósmica, achando-se esta já sob o Signo de Capricórnio. A situação dos espiritualistas torna-se cada vez mais séria, em vista do aperfeiçoamento de suas qualidades. Os tempos que virão requerem qualidades cada vez mais sublimadas. Com respeito ao perdão de que hoje se fala, mais tarde será uma ilusão, por causa da impossibilidade em se obter remissão da inferioridade. Assim como não é possível a uma pedra flutuar encima d’água, assim também acontecerá com as almas desprovidas de qualidades para esse ciclo.

Estamos chegando aos três últimos versículos: 

11º.: «Venho sem demora. “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa».

12º: «Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre        ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do        Céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome».

13º: «Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas».

Simplesmente admiráveis são esses versículos. Se alguém quisesse compor uma sinfonia, somente poderia fazê-lo com notas feitas de astros. O horizonte todo seria a sua pauta que extender-se-ia ao infinito. Sistemas solares com todos os seus milhares e milhares de luzes seriam os instrumentos, e DEUS mesmo, o divino regente de toda essa magnificente orquestra. Mas, chegamos à realidade dos versículos que se constituem nos movimentos impregnantes de um gigante: «Venho sem demora». Este «sem demora» é muito forte, pois, pode até amedrontar-nos. Isto quer dizer que o tempo do Espírito está quase presente, não demorará e breve ouviremos a batida na porta. E quando soar a batida não haverá tempo para se esperar, pois, ou abri-la-emos ou depois não mais nos será permitido fazê-lo. Se  abrirmos a porta, saindo com a nossa coroa, entraremos no tempo futuro e Aquele que bateu em nossa porta, nos espera observando o fino ouro da nossa alma. Verifica a nossa perfeição e que ninguém conseguiu tirar a pedra preciosa da nossa coroa, ou seja, a vontade acumulada durante os passados ciclos. A Época Ariana tem ensinado as almas a manterem a coroa como sinal de «passe» para os tempos posteriores, a Era da NOVA JERUSALÉM, a IGREJA DA PAZ.

O 12º Versículo diz: «Quem vencer será utilizado como coluna no Templo do Pai». Imaginando o Universo, o Templo de Deus, e nele sendo utilizado como coluna, temos a certeza do nosso corpo Divino. Imaginando um Templo com os nossos sentidos, sabemos da presença de uma base muito sólida. Sobre esta solidez, levantam-se as colunas. A mesma cousa acontece e acontecerá, ainda, nos tempos em que progride a Nova Jerusalém, acumulando forças para poder cooperar como uma coluna. O material deve ser bastante sólido. Os tempos passados deram à alma a devida tempera. A Abóboda do Templo pousa sobre os tampos passados; as colunas chegaram lentamente através do passado à sua perfeição. Só assim, diz o versículo, seremos utilizados, ficando para sempre no corpo do Templo do Universo. O Nome de Deus será inscrito em nossas almas, o Seu Poder inteirado em nós e, também, o nome da Cidade, o Espírito da Paz. A Cidade de Deus chama-se a NOVA JERUSALÉM, a Paz do Espírito descendo das Alturas.

Antigamente, quando teve começo a Terra, existia um paraíso. Éramos inocentes, vivíamos em paz e em perfeita harmonia, sem vontade própria. Deus e Seus Anjos guiavam-nos e éramos instrumentos em Suas mãos, impondo-nos no decurso da involução e evolução, capacidades sujeitas à Sua vontade, sem a nossa cooperação. Mudaram-se os tempos até que chegamos a agir com autodeterminação, senhores dos nossos feitos, culpas e felicidades. Durante os ciclos passados e os futuros, aumentará a nossa vontade em conhecer as leis, desejosos de agirmos junto às mesmas. Formamos em nós, sistematicamente, o Paraíso perdido, porém, agora o fizemos de maneira consciente, e não como antigamente, sem o devido conhecimento. Desta vez, conforme o próprio versículo 12 diz, «desce do céu» sobre aqueles que se prestam como colunas, a Nova Jerusalém. O Céu descerá com o Paraíso de Deus à Terra. 

O Espírito das Igrejas dar-nos-á nessa ocasião, também, o seu nome. Já conhecemos este nome antes, que é AMOR. No começo da Terra foi dado esse nome, mas, ninguém o conheceu. Deus amava a Seu Filho, fê-lo descer para que soubessem quem era e o que era AMOR. Foi rejeitado na Igreja de Tiatira e morto, porém, pelo AMOR, foi ressuscitado; pela morte e pela ressurreição, inscreveu-se nos corações.

Aplicando uma parábola, poderíamos dizer: Em verdade, Cristo inscreveu-se com Seu Nome AMOR nos corações, mas, não cresceu. Deixaram-no lá como uma criança, privando-o do necessário alimento. Alguns deram-lhe ainda tão pouco alimento, que quase o mataram de fome. Outros até mataram-no quando ainda era pequenino.

Essa parábola é o espelho da nossa Igreja de Sardes. Pulsa o Cristo em nossas vidas com toda boa vontade, bate à nossa porta desejoso de cear conosco e com o Seu Pai. A Sua Escritura é constante e não para de escrever o Seu Nome, a Sua aliança conosco em frente de Sua testemunha, o Pai. A nova aliança sempre foi e sempre será o AMOR.

O último versículo é sempre uma recapitulação dos anteriores, pois, representa sempre uma advertência por sermos dignos dos ensinamentos, devendo, portanto, pormos em prática a Lei Divina:

                « Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas ». 

7ª CARTA

(À Igreja de Laodicéia)

As 7 Igrejas do Apocalipse

Francisco Ph. Preuss, Irmão Probacionista

Prólogo

 1ª Carta

 2ª Carta

 3ª Carta

 4ª Carta

 5ª Carta

 6ª Carta

 7ª Carta

 

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