Francisco Phelipp Preuss
Irmão Probacionista da Rosicrucian Fellowship
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
Interpretação esotérica do significado das
Sete Cartas dirigidas às Sete
IGREJAS DO APOCALIPSE
por João de Patmos
As interpretações dadas à luz neste livro, são formuladas de acordo com os conhecimentos do autor sobre as Verdades
ensinadas
pelo Rosacrucianismo e divulgadas pelo Místico MAX
HEINDEL, Irmão Leigo da ORDEM ROSA +
CRUZ
Continuação - apresentando a
3ª. CARTA
(À Igreja de Pergamo)
Esta carta nos faz lembrar Moisés ao levar o povo escolhido, os semitas originais, do Egito para fora das muralhas construídas com o suor e sangue dos oprimidos. Embora estivesse a massa humana ausente da influência egípcia, as forças malignas espirituais dos antigos opressores, continuaram a repercutir na mente desse povo. A falsa luz luciférica reinava ainda em muitas inteligências e, assim, reconstituíram cultos a deuses de barro e de ouro. O deus Balaio continuava o influenciar mortalmente às várias tribus israelitas. As leis de Jeovah não tinham ainda se apoderado da maioria do povo e porisso, houve, em parte, a idolatria, como também a prática baálica da magia negra. Extendeu-se essa corrupção até a chegada de Cristo, o Supremo Iniciado do SOL. Na história, encontramos constantemente defeitos de uma civilização anterior nas subseqüentes. Formas mentais do passado mesclam-se com as novas, prejudicando a mentalidade e suas expressões mais elevadas. E assim, não só as leis de Jeovah corriam perigo, como também, por intermédio dos israelitas, a futura doutrina de Cristo. A luta no âmbito material, bem como nos transcendentais da Magia Branca e Negra, tomaram posições contrárias. As Leis de Jeovah, mesmo com características de leis, tiveram por base o Amor, como mais tarde manifestou-se por Cristo.
Quanto à diversidade de concepções da Igreja de Pergamo com a Egípcia, lemos no versículo 12 o seguinte:
«Ao anjo da igreja de Pergamo escreve: «Estas cousas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes».
A espada representa a justiça e esta se pronuncia com o Verbo. Por sua vez, o Verbo impõe força à justiça, edificando, fazendo justiça de um lado e, ao mesmo tempo, destruindo o outro. Ajustando-se um lado, aniquila-se o outro, qual seja a injustiça. A Lei de justiça consiste em edificar. Sobre a mentira, não há possibilidade de construir, razão porque o Verbo da justiça torna-se perigoso a ela, e seus adeptos serão implacavelmente destruídos. A Justiça Divina em seu poder benigno, destroi em sua função a tudo quanto se lhe antepõe.
Esclarece bem neste sentido o versículo 13:
«Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanaz, e que conservas o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanaz habita.
Cumpre-nos explicar o que João de Pátmos nos ensina minuciosamente. Cristo refere-se à sua fiel testemunha nos tempos de Antipas como o último Profeta dos Israelitas, qual seja, João Batista. O adversário de Batista era o Antipas, chamado Rei Agripa e, também Herodes. A função de João era clamar pelo deserto dos sentimentos corruptos, quando pregava o arrependimento e, finalmente, batizar e levar a coletividade às cercanias da justiça e do amor de Cristo.
João Batista, mais tarde, conforme o Evangelho de São Mateus, cap. 14, vers. 3 ensina, foi encarcerado por ordem de Antipas Agripa Herodes. E não é difícil saber.
Herodia, a mulher de Herodes, não era sua esposa legítima. Era casada com o irmão de Herodes, chamado Felipe e tinha uma filha, Salomé. João Batista revoltou-se contra Herodes, reclamando que respeitasse a esposa de Felipe. O versículo 4 mostra-nos a revolta com as seguintes palavras:
«Não te é lícito possui-la».
Herodes, como soberano da Judéia, ordenou o encarceramento do Profeta. Sua intenção era matá-lo, mas não podia fazê-lo porque temia a revolta do povo, porém, a ocasião não se fez demorar, pois, o drama se apresentou com a festa natalícia do soberano. Os acontecimentos se precipitaram e encontramos na personalidade de Herodia, uma sacerdotiza pagã dotada de conhecimentos das praticas da Magia Negra. Conhecia muito bem a força espiritual do asceta João, que era oposta à sua. Os tempos de Cristo já haviam chegado às portas e o novo advento surgia com os milagres do Batismo. Lembramo-nos das Iniciações de João a cerca de 500 anos A. C., quando vivia como profeta Elias, Já naqueles tempos, Elias falava sobre o Salvador. Cristo, por sua vez, dizia aos Seus discípulos que Elias se achava presente, os quais sabiam da identidade com João Batista. Herodia sabia da espiritualidade do Profeta e não tendo a faculdade de atraí-lo com a sua magia sexual, apoderou-se dela um insensato ódio planejando daí a destruição do mesmo. Ela sabia que, se pudesse obter partes do corpo etérico em união com ele, aumentariam suas forças mágicas.
Aconteceu na festa natalícia de Herodes que Salomé dançou diante de todos e agradou o soberano, tendo este, como recompensa, prometido dar-lhe o que pedisse. Salomé, instigada por sua mãe, pediu a cabeça do Profeta, no que foi atendida. Herodia, recebendo a sangrenta cabeça de João Batista, procurou aproveitar-se da parte etérica do corpo, mas, em virtude da sublime vibração deste, não logrou realizar a sua intenção. As Vibrações do Mago Branco não podiam ser aproveitadas pela Magia Negra.
Verificamos, a seguir, as explicações do versículo 13, seu ensinamento e a conclusão a que chegamos:
O Trono de Satanaz tinha ligação com a personalidade que se achava no Trono da Judéia, Herodes, a sua ilegítima mulher, e com a filha desta, Salomé. Jorrou na caverna do Diabo o sangue daquele que conservava o Verbo Divino como Profeta, João, o Batizador. Este não negava os preceitos da máxima Verdade, o Cristo, e a Justiça do Velho Testamento e, porisso, foi decapitado. A história do acontecimento dramático mostra nitidamente três movimentos eclesiásticos daqueles tempos. De um lado, os Israelitas divididos em duas direções, sendo uma composta de esoteristas, ou seja, a linhagem dos Essênios e semelhantes a estes, e a outra, constituída de Escribas e Fariseus, escravos da letra e da hipocrisia. A luta entre as duas linhagens era constante. A Sabedoria ensinada no deserto não podia penetrar na ferocidade dos Escribas e Fariseus. Uns acreditavam nas Leis de Deus, e os outros, nas convenções prescritas dos tronos da sacerdotes falíveis.
Além desses dois movimentos, encontramos o terceiro, constituído dos que se sustentavam dos sacrifícios do sangue proveniente da vida dos animais e dos homens: O Paganismo, a Magia Negra e a Idolatria, Três movimentos ou cultos que se mesclaram constantemente.
O versículo 14 nos faz entender o acima descrito:
«Tenho, todavia, contra ti algumas celsas, pois, que tens aí os que sustentam a doutrina de Baalão, o qual ensinava a Baalac a armar ciladas diante dos filhos de Israel para coisas sacrificarem aos Ídolos e praticarem a prostituição».
Já sabemos que Herodia e sua filha Salomé, entregaram-se ao culto de Baalão. Nas orgias as mulheres dançavam e se prostituíam. Salomé, conforme ensina Mateus, cap. 14, vers. 3, dançou no aniversário do Herodes. Herodia prostituiu-se, pois, era esposa de Felipe e não de Herodes. Essas festas surgiram no Egito e passaram para a época e templos da Grécia e de Roma. João o Israelita, não só seguira as leis que proibiam a prostituição, como também, sendo profeta e não casado, conservou as forças sublimes que possuía em seu corpo. O fogo espiritual serpentino de sua coluna vertebral, estava todo em seu poder e se dirigia contra o veneno luciférico da serpente Herodia.
Nas orgias de Baalac, comiam-se animais sacrificados aos deuses. Os Israelitas, entretanto, atenderam estritamente às leis, não se servindo das carnes e das bebidas destinadas aos deuses e nem se prostituíram. As festas sensuais não conseguiram contaminar os Filhos de Israel daquele tempo, preservando seus sentimentos dentro do espírito de sua religião.
A divergência então existente estava nas qualidades de João Batista que preparara o caminho do Senhor, divulgando a Doutrina de Cristo, pregando o Batismo e o Arrependimento dos Pecados, isto é, o Novo Evangelho, antes do Seu advento. Mui claro está que se tratava de um revolucionário no culto e no ritual religioso daquela época. Mais tarde, o próprio Salvador disse que iria sofrer as mesmas ou parecidas conseqüências de João.
Esclarecendo melhor os sentimentos decadentes daqueles tempos, quando lemos o versículo 15 que trata sobre a revolta contra o Clero, a saber:
«Outrossim, também tu tens os que da mesma forma, sustentam a doutrina dos nicolaitas».
Quem são esses que sustentam a doutrina dos Nicolaitas? Os Escribas, os Fariseus e o Clero. Não só o Clero egoísta usurpava o povo, como também aqueles que se arregimentaram na casta dos políticos e da força armada. Era com o suor que o povo sustentava esses nicolaitas. Raramente o Clero se interessava amorosa e religiosamente pelos que sofriam, a não ser com pretexto para obter regalias.
O versículo 16 demonstra como o Espírito deseja lutar contra as castas divergentes à verdadeira religião e contra os nicolaitas em geral:
«Portanto, arrepende-te, e se não, venho a ti sem demora, e contra eles pelejarei com a espada da minha boca».
Na seqüência dos versículos, vimos algo surpreendente. Desenrola-se um acontecimento dramático. A primeira fase é uma ameaça à civilização anterior à aparição de Cristo. Claro é que tal ameaça se dirige a qualquer civilização. ELE disse: «Portanto, arrepende-te». Cristo não fala mansamente e sim dá uma ORDEM. Esta frase não dá margem para não se arrepender da vida errada. Devemos, portanto, acreditar na ordem, porque o bom senso e a razão assim o exige, senão, como a frase bem o diz: «Venho a ti sem demora». Aí está a força da espada que alcança todos aquêles que não se arrependerem. A espada de Sua boca, isto é, o Verbo benigno-destruidor atinge a deplorável inteligência humana para destruí-la. Justifica-se esta destruição dos ídolos vivos e mortos, Os mortos e os ídolos não servem para levar a civilização á frente. Os nicolaitas e suas camarilhas guerreiam contra as exigências do homem interno, o EGO. O Verbo divino, porém, pouco a pouco, abria Caminho para a alma e o coração dos oprimidos, dos humildes de espírito. O Reino de Cristo a eles falava.
No versículo 16 temos a sensação de que uma tempestade purificadora se aproxima. O Temporal Espiritual faz sentir a sua imperiosa potência, destruindo a infestada moral e a intelectualidade perversa imposta pelos dirigentes do culto e da política.
Observando em seguida o versículo 17, após o Temporal Espiritual, ocorre-nos um sublime sentir de alívio, um tema sinfônico transcendental:
«Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná, escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquêle que o recebe».
Vejamos o significado dessas palavras. Chega-nos do Espírito uma promessa: «Ao vencedor,dar-lhe-ei do maná escondido, etc.», no sentido de uma recompensa por uma boa conduta. Se o versículo faz referência a um «vencedor», é porque houve antes luta. Isso mesmo, o vencedor luta antes contra a obscuridade mental e a cristalização dos sentimentos. A mente devia ser sempre assim, como um cristal puro, favorecendo a transparição da função divina do EGO nos corpos inferiores. Tendo em mira o objetivo do EGO em entregar de sua vida Cósmica o AMOR PATERNO e não tendo meios adequados para se manifestar, por estar impura a mente, é facilmente compreensível a sua impossibilidade de levar a criatura às alturas onde ele, o EGO, coopera e tem seu verdadeiro âmbito. Quem vence então neste sentido, incorpora em si qualidades tais, que receberá como recompensa o Maná escondido, imaterial, isto é, o alimento espiritual. Fala o versículo sobre o «Maná escondido» que ninguém vê. Todavia, a qualificação, o desligamento entre as partes inferiores e as superiores, dão o direito ao alimento divino, podendo a alma conhecer e ver com que será alimentada.
Prosseguindo, promete o Espírito dar uma Pedra Branca, sobre a qual será escrito um Novo Nome que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.
A Ciência Oculta ensina a intangibilidade do EGO. Esta é a Pedra que ninguém conhece e por ninguém encontrada. Não tendo colorido algum, sendo de perfeita brancura e sobre a qual será escrito um Novo Nome, terá a consciência divina aquele que se transportar da imperfeição à perfeição.
Quem é perfeito? Somente aquele que se conhece dentro das Forças Universais, capaz de criar de si mesmo, vivificar a si próprio nos planos espirituais, como também tornar-se um auxiliar das Hierarquias. Este reconhecimento das forças criadoras em si mesmo se constitui no Novo Nome, conhecido tão somente por aquele que O recebe.
Neste ponto, encerra-se a carta dirigida à Igreja de
Pergamo.
Resumindo em poucas palavras tudo quanto fora dito: O Espírito dirigente desse ciclo de civilização espera a rejeição dos ídolos, da corrupção dos sentimentos, da insensatez, da injustiça, provocada por uma mente astuta, enfim, a limpeza geral, a catarse da Alma para que possa obter a livre atividade do E G O, chamado então o «EU SOU», o NOVO NOME que foi escrito sobre o EGO.
4a. CARTA
(À Igreja de
Tiatira)
As 7 Igrejas do Apocalipse
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