Francisco Phelipp Preuss
Irmão Probacionista da Rosicrucian Fellowship
AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
Interpretação esotérica do significado das
Sete Cartas dirigidas às Sete
IGREJAS DO APOCALIPSE
por João de Patmos
As interpretações dadas à luz neste livro, são formuladas de acordo com os conhecimentos do autor sobre as Verdades
ensinadas pelo Rosacrucianismo e divulgadas pelo Místico Max Heindel, Irmão Leigo da Ordem Rosa + Cruz
Continuação - apresentando a
1a. C A R T A
(À Igreja de Éfeso)
Prosseguindo
nos estudos sobre os ensinamentos de João, passamos a explicar o primeiro
versículo: «Éfeso representa o primeiro ciclo da civilização da nossa Época
Ariana. Todas as épocas estão subdivididas em 7 civilizações. Presentemente,
estamos no quinto Ciclo, ou seja, na Igreja de Sardes.
Logo no começo do primeiro versículo, observamos o seguinte: «Ao Anjo da Igreja em Êfeso escreve», etc.
Observa-se estar a Carta dirigida a um Anjo e não a uma das Igrejas, como mais tarde acontece com as demais. Dirige-se a carta o um Anjo, o Guia de uma civilização que tem como nota dominante a natureza de seu próprio Guia, levando-a até que a aurora de uma outra civilização ressurja. Lembremo-nos de Jeovah, Deus de Raças, guiando os povos até a chegada de Cristo. Dirige-se esta carta a um Anjo que guia a civilização no surgimento da Época Ariana, logo depois da submersão da Atlântida no Oceano Atlântico,
O versículo continua assim:
«Estas cousas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e aos sete candeeiros».
Cristo rege os 7 Períodos, as 7 Revoluções de cada Período e, também, as 7 Épocas com os seus respectivos ciclos. Anda no meio dos candeeiros da Igreja de Éfeso com a Sua Luz Espiritual, em defesa da evolução para iluminar internamente a Humanidade. Os 7 candeeiros têm a sua representação nos corpos, as «Luzes das Flores de Lotus», assim conhecidas pelos hindus e denominados por Max Heindel de «Centros Espirituais». Deve-se dizer a respeito destes Centros, que os mesmos giram e fulguram em diferentes coloridos. Na civilização hindu, ou seja, na Igreja de Éfeso, os Centros Espirituais não estavam em condições de girarem assim como hoje, em nossa civilização atual. A inteligência não estava bem desenvolvida e, por isso, havia uma vidência negativa. A alma, naquela época, não estava auto-dinamicamente apta para projetar-se aos Planos Superiores, como acontece com os seres devidamente educados sob o controle da mente e da vontade. Sòmente homens santos conheciam as leis internas e sabiam manifestar-se nos Planos Superiores. Observaram as Leis Divinas e trouxeram, das Hierarquias Angelicais, ensinamentos favoráveis aos homens para o Mundo das Formas e dos Sentimentos. Eram intermediários entre os Deuses e os homens.
O versículo 2 diz isto claramente:
«Conheço as tuas obras, assim o teu labor como a tua perseverança, que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos».
O versículo 3 reza assim:
«E tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer».
Examinando ambos os versículos acima e respeitando a visão de João, que na sua exaltação espiritual via o passado, verificamos o seguinte:
Aqueles que pereceram nas águas da Atlântida, haviam exercido práticas espirituais invertidas, contrárias às Leis Divinas. Pela consciência espiritual, uma faculdade normal daqueles tempos, cada um sentia-se auto-suficiente em suas práticas transcendentais, pois, conheciam as leis da natureza, sujeitando-se à uma vontade.
Os de Èfeso eram perseverantes por conhecerem a benignidade das Leis Divinas e foram os que se salvaram da malignidade atlante, preservando-se, em Éfeso, das máculas de seus antecessores. Respeitaram a Divindade e sujeitaram-se às Leis da Natureza, ignoravam o egoísmo, procurando viver como homens em união com Deus.
Quanto aos falsos apóstolos-profetas, estes foram facilmente conhecidos e rejeitados, pois, entraram na penumbra atlante, imprópria, o que, entretanto, não se verificou com os verdadeiros profetas que desejavam o oposto, isto é, a vida com Deus, tendo anseios de Deus e dos planos superiores. Nesse ciclo, tudo que não era transcendental tinha o significativo de uma ilusão, «Maia». Pseudos-guias da humanidade ensinaram a inutilidade da Terra e dos que nela viviam. Não acreditavam na beneficência de uma Terra santificada que os alimentava e nem se interessaram em cultivá-la para o seu próprio conforto. Viviam uma vida contemplativa, sem conforto e aguardavam a felicidade com a quase aniquilação e martirização de seus corpos precários, Naturalmente, tal forma de vida não os coordenava com as leis da evolução, que requeriam lutas e conquistas para os tempos futuros.
Fala neste sentido o versículo 4, advertindo com todo rigor:
«Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor».
Logo a seguir ensina o versículo 5:
«Lembra-te, pois, de onde
caiste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras: e se não, venho a
ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas».
Procuremos desvendar esses dois versículos, vendo o que significa «abandonar o primeiro amor». Estamos no mundo do Amor de Deus e em nossas vidas transcendentais, amamos a Deus. A vida dos Atlantes era oposta a Deus, era egocêntrica, como já explicamos linhas acima. Não se amavam uns aos outros, isto é, não amavam a criação de Deus na Terra e Suas leis na natureza; abandonaram a Deus e Sua soberania na criatura, como também a Hierarquia que os guiava por ordem superior. Eles amavam somente a si mesmos.
A Época Ariana começou da mesma maneira como terminara a anterior, mas notava-se uma atividade oposta. Tal como os Atlantes procuravam subjugar as leis da natureza com a sua astúcia, sujeitando a força divina na natureza às suas ordens e destruindo e anulando a vontade de Deus em S u a criação, os Hindus, também, se afastaram do Amor de Deus ao abandonar a luta pela conquista da evolução, tornando a Terra sem valor e desprezada, não obstante toda sua beleza. Os atlantes tomaram conta da Terra com o seu egoismo e os hindus abandonaram-na por desinteresse. Na imaginação do Hindu formou-se a descabível idéia de que a Terra não tinha valor e não compensava lutar por ela. A vida na Terra era somente uma ilusão, pois, o corpo denso seria mais tarde abandonado, tendo a vida seu prosseguimento em corpos superiores, no Nirvana. Acreditavam ao mesmo tempo na santidade de todas as criaturas, surgindo daí a idolatria das vacas e dos elefantes santos. Não tocavam nesses animais para não cairem em desgraças. Aliás, ainda hoje na India existe esta crendice. Tudo era divino, menos o próprio corpo, por se tratar de concepção que o qualificavam de ilusório. Martirizavam, assim, o corpo denso, julgando-o um instrumento inútil. Assim aconteceu por força das concepções errôneas de que a Terra devia ser abandonada, Terra esta de que foi feito o precioso vaículo denso pelas Hierarquias, pela Vontade e pelo Amor de Deus.
Eis, pois, a explicação sobre a advertência de que trata o versículo 4:
«Tenho, porem, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor».
Quanto ao versículo 5, adverte com repreensão: «Se não recomeçar a conquistar as bênçãos que, ligadas estão à Terra pela força divina, o Espírito virá remover o Candeeiro do seu lugar», ou seja, o ciclo da civilização hindu. Só pela contemplação a Terra não poderia ser fertilizada porque o homem feito de barro, deveria utilizar-se dele em benefício de seu próprio corpo. Podia beneficiar-se do fruto da terra, do Espírito que a vivificava. Mostra o versículo a ordem de conquistar a bondade inerente à Terra e receber os benefícios do Espírito que anda no meio dos candeeiros. Mesmo em nossos dias em que a civilização anda com passos largos, a India tende para as contemplações e idolatria das vacas santas. Nos últimos séculos modificou-se esta tendência. Swami Vivekananda e Ghandi, emanciparam politicamente a Índia e, religiosamente, acharam caminhos para a concepção da religião de Cristo. As novas gerações progrediram de acordo com a civilização, sem abandonar ao mesmo tempo a contemplação espiritual, formando, assim, uma fortaleza de paz em sua inteligência. Surge uma nova linhagem budista por reincarnação kármica e se inicia uma lenta e perfeita revogação da desfavorável implantação das antigas castas e de suas leis dogmáticas e restritas. A abolição das castas por Ghandi, mostra a influência do Ocidente, como também da sua religião cristã, no Oriente. A nova performance das idéias nos espíritos hindus, une e amplia a vida social e científica de um grandioso povo com a evolução de todos os povos. O Candeeiro que se achava na escuridão durante séculos, está agora brilhando com uma Luz Crística.
Segue-se o versículo 6, que confirma a exposição anterior:
«Tens, contudo, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaitas, as quais eu também odeio».
«Nicolaitas» quer dizer: «profetas falsos». Nicolaita» foi uma palavra usada no tempo do Apocalíptico, na Civilização Greco-Romana, tendo João a empregado ideologicamente nos tempos passados. Ele chama de «profetas falsos» da velha Índia, os sacerdotes nicolaitas, pois, também no tempo de João existiram sacerdotes sem escrúpulo, com a inverdade na boca, hipócritas e egoístas. Sabiam, com artifícios, enganar os crentes. Em nossos dias, embora estejamos longe da velha Índia e da Grécia, acontecem, infelizmente, as mesmas coisas, pois, existem ainda entre nós os nicolaitas. À margem da crença cristã, existem a idolatria, as danças dos rituais da magia negra, a macumba com os sacrifícios dos animais que lembram a Atlântida; a primitiva Índia, o Egito e a Babilônia com os sacrifícios de animais em louvor a Deus; os Templos de Delphos da Grécia com a necromância e a adivinhação dos obsecados Druidas.
O Espírito dirige-se a Éfeso com a certeza de ter se colocado em oposição aos nicolaitas, quando diz que Ele e os de Éfeso os odeiam. O ódio exprime nesta situação a luta contra as magias em detrimento da evolução. A luta dos espiritualistas trava-se contra todos os artifícios nos cultos e, também, na política. Cristo dirigia a Sua palavra contra os sacerdotes, dizendo-lhes haver ninhos de víboras em seus corações. A política tem sua magia especial, a demagogia, o diabolismo da palavra. A massa popular facilmente se subordina à palavra diabolicamente aplicada, ajoelha-se e adora.
Os primeiros sete versículos mostram em seu resumo os defeitos da vida contemplativa, deixando de realizar as obras necessárias em prol da futura geração do ciclo subseqüente, isto é, da Igreja de Esmirna. A civilização acreditara na falsidade dos nicoiaitas para os quais a mente se curvou. O Ego em sua vontade de instrumentar seus corpos inferiores para as realizações materiais e espirituais, foi frustrado pela mente inferior. As fraquezas do corpo carnal, os desejos e emoções das partes inferiores do corpo de desejos, junto ao mental, tomaram posição contra a parte superior e positiva de uma vida verdadeiramente divina e abstrata. A vida consciente do Ego não chegou ao seu florescimento positivo. Grandes provas, tais como: catástrofes e guerras, foram impostas à retardante humanidade, afim de abrir-lhe uma mente com qualidades e discernimento.
O Apocalipse em seu versículo 7, formula uma advertência e logo uma sentença:
«Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus».
Muito bem. Aquele que tem ouvidos para ouvir os que falam por meio das profecias, ouça, porque fala o Espírito da Verdade às almas: «Aquele que vencer o mal, receberá o alimento do fruto da Árvore da Vida que se acha no Paraíso de Deus», A «Arvore da Vida» é o Pai no Paraíso, que se constitui na absoluta pureza, de Quem o vencedor se alimenta. Somente aquele que tiver vencido a maldade, a ignorância e a mente inferior e mentirosa, poderá, como vencedor, viver no Paraíso e desfrutar do alimento dado pela ÁRVORE DA VIDA.
Mencionemos, a seguir, a quem as cartas foram dirigidas:
1ª. Carta a Éfeso: Época Ariana e Civilização Hindu.
2ª. Carta a Esmirna: Época Ariana e Civilização Babilônia-Assirio-Caldáica.
3ª. Carta a Pergamo: Época Ariana e Civilização Persa-Greco-Romana.
4ª. Carta a Tiatira: Época Ariana e Civilização Romano-Celta.
5ª. Carta a Sardes: Época Ariana e Civilização Teuto-Anglo-Saxônica (que é a nossa).
6ª. Carta a Filadélfia: Época Ariana e Civilização Aquária, depois da Anglo-Saxônica.
7ª. Carta a Laodiceia: Época Ariana e a última Civilização.
Após as 7 Cartas dirigidas às 7 Igrejas, ou sejam, às Civilizações durante a Época Ariana, surgirão pela Lei da Precessão Solar, as 6ª e 7ª Épocas da 4ª Revolução do Período Terrestre. Cada Época com suas 7 Civilizações.
2ª. CARTA
(À Igreja de Smyrna)
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