O Rosacrucianismo e a Religião

O Rosacrucianismo e a Religião I

Introdução

De quando em quando, todos nós estamos deparando com afirmativas enfáticas que apresentam a Filosofia Rosacruz como algo contrário à Religião, e a Fraternidade Rosacruz como uma Escola que se opõe à religiosidade, conforme se pode ler em propaganda veiculada através da internet.

Entretanto, não há razões legítimas que possam suscitar dúvidas razoáveis, e não trataríamos do assunto se não fosse que a semente é lançada, por vezes, por grupos que embora levantem a bandeira Rosacruz com idealismo, fazem-no limitados, todavia, por não haverem tido ligação direta com essa fonte, ou, talvez, por sustentarem na atualidade posições reservadas que a proibição de cultos exigia no passado, mas que as liberdades atuais permitem que deixemos de lado, definitivamente.

Já passou o tempo, felizmente, que um conhecimento filosófico egoísta, produto de interesses mútuos dos chamados poderes eclesiástico e temporal, atribuía à Religião a imprescindível identidade com a Igreja tradicional, impondo o seu conteúdo a existência de dogmas e sentimentos herméticos de veneração e temor por um Deus exigente e vingativo.

Cada vez mais a palavra Religião vai se caracterizando, agora, por seu claro significado de caminho espiritual aberto a todas as doutrinas; ideias e normas elevadas de procedimento que nos levam de volta ( religião=religare), conscientemente, ao ponto de partida inconsciente de nossa evolução. Daí que a Religião se expresse e esteja contida em toda vibração ou pensamento que nos ligue, ou nos ponha em contacto, com nossa Origem Divina, qualquer que seja o sentido ou nome que a essa Inteligência Superior lhe dermos.

A POSIÇÃO DE MOUNT ECCLESIA