CENTENÁRIO DO CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS

 

Ciclo de Conferências Públicas na Sede da Fraternidade Rosacruz - Centro Autorizado do Rio de Janeiro

Fraternidade Rosacruz Max Heindel - Centro Autorizado do Rio de Janeiro 

OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE

PARTE  VII– OS MUNDOS ESPIRITUAIS.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Tendo visitado em nossas palestras, até então,  os Mundos Físico, do Desejo e do Pensamento, examinado suas propriedades, seus habitantes e até mesmo o processo dinâmico da Evolução através dos vários ciclos de vida, vamos tratar agora dos Mundos Espirituais, nos quais o ser humano comum ainda carece de consciência. Desses Mundos Espirituais, fizemos referência, em palestras anteriores, ao Mundo do Pensamento Abstrato ou Terceiro Céu, que é o primeiro Mundo Espiritual e também o primeiro dos mundos obscuros que são nossa morada durante as Noites Cósmicas.

 

No estágio atual de sua evolução, no Período Terrestre, o ser humano comum está limitado a ascender somente até o Terceiro Céu e, assim mesmo, praticamente não tem consciência de sua estada nesse plano, onde permanece nos intervalos entre nascimentos até que sinta a necessidade de renascer para viver nossas experiências. Esses Mundos Espirituais são a morada das Hierarquias Superiores que ajudam o ser humano a evoluir e que desempenharam um importante papel na construção dos veículos que estamos usando em nossa evolução.

 

De forma a melhor compreender o contexto onde atuam as Hierarquias Divinas, examinaremos a seguir, de forma resumida, o esquema da evolução concebida pela Mente Divina, conforme nos é transmitido pelo CONCEITO, como base para a análise do papel das Hierarquias Divinas em nossa evolução.

 

2. O PROCESSO EVOLUTIVO – O PERÍODO DE INVOLUÇÃO

 

Segundo a literatura ocultista, estamos evoluindo em um chamado Dia de Manifestação, dia esse que teve um princípio e terá um fim, voltando tudo o que foi manifesto ao Espaço não manifesto. No princípio, como nos diz o CONCEITO, em seu Capítulo VI, Deus isola-se a Si Mesmo em certa porção do Espaço e cria um sistema solar para Sua própria evolução e aumento de consciência. Segundo nosso livro texto, nessa criação, são incluídas hostes de gloriosas Hierarquias, não só frutos de outros dias de manifestação, como também outras Inteligências em diferentes graus de desenvolvimento. Os seres mais elevados, dentro do processo evolutivo, auxiliam os de menor grau de consciência. Quando um ser adquire sua consciência individual, esse ser continuará sua expansão de consciência, mas sem ajuda externa. Todo o ser em evolução deve dispor das ferramentas necessárias à sua evolução, que são os seus veículos, conforme já comentamos na palestra anterior. Cada veículo é formado com o material do mundo ou região onde o ser irá atuar, sendo esse um requisito básico para permitir essa atuação. A relação dos Mundos que formam o Universo de Deus foi apresentada na primeira palestra e consta do diagrama 2 do CONCEITO. Durante o processo evolutivo, há um período de tempo dedicado à aquisição dos veículos que possibilitarão a obtenção da consciência individual, que é chamado de “Involução”. No caso da humanidade, esse tempo foi constituído por três períodos e meio, desde o Período de Saturno até a metade do atual Período Terrestre. Esse tempo depende do passado evolutivo de cada onda de vida ou Hierarquia, incluindo dias de manifestação anteriores. Assim, a Hierarquia de Sagitário (Senhores da Mente) obteve sua individualidade no Período de Saturno, a de Capricórnio (Arcanjos) no Período Solar e a de Aquário (Anjos) no Período Lunar.

 

O Capítulo VII do CONCEITO descreve o processo dinâmico pelo qual passaram e devem passar as ondas de vida, traduzidos em períodos, revoluções, globos e épocas, processo que é graficamente descrito no diagrama 8.

 

A onda de vida humana, que começou sua evolução no atual Dia de Manifestação, habita de início o Globo A no Período de Saturno, situado no Mundo do Espírito Divino e realiza uma revolução completa passando pelos  sete globos de A a G, transferindo-se de um para outro até voltar ao mesmo Mundo do Espírito Divino no Globo G. Nessa primeira revolução, a onda de vida humana recebe o gérmen de seu veículo mais denso. Na sétima, tem seu veículo espiritual superior, o Espírito Divino, despertado. Quando a onda de vida abandona o Globo A, pela sétima e última vez, esse globo começa a desintegrar-se. As forças desse globo, de modo análogo ao que ocorre com as forças dos átomos semente de nossos veículos, são transferidas para um mundo abaixo, o Mundo do Espírito de Vida, para formarem o novo globo A, a ser utilizado no Período Solar. O mesmo sucede com os demais globos, que são transferidos de forma semelhante. Depois de completadas as sete revoluções, passando pelos sete globos, segue-se uma Noite Cósmica, onde atividades de preparação para um novo período são realizadas.

 

A primeira revolução do Período Solar consiste de um novo trabalho sobre o corpo denso, que é preparado para receber um corpo vital, cujo gérmen é dado na segunda revolução. Na sexta revolução é despertado o Espírito de Vida e na sétima, volta-se a trabalhar sobre o Espírito Divino. Por um processo similar ao anteriormente descrito as forças dos globos são transferidas para os Mundos imediatamente abaixo, onde estarão os globos no Período Lunar. Após outra Noite Cósmica e a recapitulação dos trabalhos sobre os veículos já recebidos, na terceira revolução do Período Lunar, é dado à onda de vida humana o gérmen do corpo de desejos e na quinta revolução é despertado o Espírito Humano.

 

É somente no quarto período evolutivo, o Terrestre, que a onda de vida humana recebe o elo que faltava para sua individualização, a mente, na primeira metade desse período, conforme já descrevemos em palestras anteriores.

 

O Período de Involução, em que o ser humano recebe os veículos que serão suas ferramentas para evoluir durante o Dia de Manifestação, pode ser simbolizado pelo Candelabro de Sete Braços. Observe que o Candelabro está constituído por três metades de arcos de círculo concêntricas e mais uma haste vertical no centro desses semicírculos, compondo sete pontas onde são afixadas as velas do candelabro. Cada semicírculo representa um corpo com sua contraparte espiritual, que são outorgados à onda de vida humana em um mesmo período evolutivo. O candelabro vai sendo formado das extremidades para dentro, até que é completado com a haste central, simbolizando a mente recebida já no Período Terrestre. Observe-se que o símbolo do Candelabro pode representar também o processo evolutivo dos demais reinos que evoluem em nossa Terra, junto com a onda de vida humana, com a diferença que, para os outros reinos além do humano, o candelabro ainda não está completo.

 

Aqui, na Terra, na atual quarta Revolução, alcançou-se a maior densidade da matéria. Doravante, a tendência é de a matéria tornar-se cada vez menos densa. No próximo período, o Período de Júpiter, o globo D estará na Região Etérea, de forma análoga à que se encontrava no Período Lunar, porém em um passo superior da espiral que representa a Evolução. O mesmo ocorrerá nos períodos de Vênus e de Vulcano, reproduzindo as condições dos períodos Solar e de Saturno, respectivamente, porém em um estágio superior da Evolução. Essas condições podem ser representadas graficamente, conforme mostra o diagrama 8 do CONCEITO.

 

A obra da Evolução, descrevendo as realizações em cada período até o início do Período Terrestre é descrita nos Capítulos VIII e IX do CONCEITO.

 

  1. O LEGADO DAS HIERARQUIAS CRIADORAS

 

As doze Hierarquias são os Seres Criadores a que se refere o Gênese, quando diz “Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança”. Coletivamente, influenciam o ser humano dos pés à cabeça, através da regência de seus respectivos signos sobre o corpo humano.

 

Um sistema de Hostes Espirituais hierarquizadas já tinha sido descrito por Dionísio, o Areopagita. Segundo a lenda eclesiástica, foi Paulo que instruiu Dionísio nesses Mistérios, conforme citado no livro Temas Rosacruzes, Vol II, quando se fala dos Habitantes do Mundo do Pensamento. Dionísio faz referência a nove Hierarquias ou Coros Angélicos, dispostas em três grupos de três Hierarquias. Não fazem parte do Sistema descrito por Dionísio as Hierarquias de Áries e Touro, que prestaram ajuda no início do processo evolutivo e se retiraram antes da existência do Sistema Solar. Também não faz parte do Sistema de Dionísio nossa própria Hierarquia, a de Peixes, por se tratar de um Sistema Angélico. O primeiro grupo é constituído pelas Hierarquias de Gêmeos, Câncer e Leão, sendo chamadas de Serafins, Querubins e Tronos. O segundo grupo é formado pelas Hierarquias de Virgem, Libra e Escorpião, sendo denominadas Dominações, Virtudes e Potestades. O terceiro grupo, em contato mais direto com a humanidade, é formado pelas Hierarquias de Sagitário, Capricórnio e Aquário, recebendo os nomes de Principados, Arcanjos e Anjos.

 

O Diagrama 14 do CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS nos dá uma chave para uma melhor compreensão de como as Hierarquias Criadoras estão constituídas, em termos dos veículos de que dispõem para atuar nas várias regiões do Sétimo Plano Cósmico mostradas no Diagrama 6 de nosso livro texto. O diagrama 14 nos mostra a existência de 13 regiões, a partir das quais são formados os veículos dos seres das 7 ondas de vida em evolução, desde os Senhores da Mente até os minerais do Período Terrestre. O diagrama mostra também os mais altos iniciados dos períodos de Saturno, Solar e Lunar, cujos veículos superiores são formados por substância existente no Mundo dos Espíritos Virginais e em pelo menos uma das 3 regiões em que se subdivide o Mundo de Deus.

 

Cada uma das 13 regiões corresponde a um signo do Zodíaco, sendo que a 13ª, a mais elevada, corresponde à soma total, da mesma forma que a cor branca é a soma de todas as cores do espectro solar. Observa-se também que, desde Sagitário a Peixes, cada região correspondente ao signo é a região mais inferior em que cada Hierarquia desenvolveu veículos e que funciona como “base” de suas operações. Usando a lei de analogia, podemos estender esse conceito para todas as Hierarquias em atividade no atual Período Terrestre, descritas no diagrama 9 do CONCEITO, as Hierarquias de Virgem a Peixes. Essas Hierarquias são em número de 7, com a propriedade de os 7 veículos de cada Hierarquia estarem, em relação aos veículos da Hierarquia que lhe é superior, uma região abaixo, no que diz respeito ao seu veículo mais inferior. Matematicamente, são necessárias 13 regiões para que as sete Hierarquias, obedecendo a essa propriedade, tenham cada uma sete veículos.

 

Assim, podemos supor, por analogia, que a Hierarquia de Escorpião, os Senhores da Forma, possui veículos nas regiões que vão desde a região do Pensamento Abstrato à 1ª Região em que está subdividido o Mundo de Deus, equivalendo, em veículos, ao mais alto Iniciado do Período Lunar, Jeová. A mesma suposição seria válida para a Hierarquia de Libra, os Senhores da Individualidade, que possuiria veículos desde o Mundo do Espírito de Vida à 2ª região do Mundo de Deus, equivalendo em veículos ao mais alto Iniciado do Período Solar, o Cristo. O mesmo se aplicaria para a Hierarquia de Virgem, os Senhores da Sabedoria, que possuiria veículos desde o Mundo do Espírito Divino à 3ª região do Mundo de Deus, equivalendo em veículos ao mais alto Iniciado do Período de Saturno, o Pai. Conforme já comentamos em palestra anterior, por possuírem veículos no Mundo de Deus, o Pai, Cristo e Jeová são considerados como Deus mesmo, para aqueles com sensibilidade para perceber tal sublime condição. Pela mesma razão, são considerados como parte da Santíssima Trindade.

 

Observa-se também que só as Hierarquias de Virgem a Peixes possuem veículos restritos ao 1º Plano Cósmico. As 5  hierarquias de Áries a Leão, se tiverem 7 veículos, terão parte deles no 6º Plano Cósmico. O diagrama 6 do CONCEITO reforça a tese do padrão estabelecido pelo número sete na constituição do Universo, o que se aplicaria também, por analogia, ao número de veículos de cada Hierarquia. Se for esse o caso, isso confirmaria que essas Hierarquias têm uma condição diferente, não fazendo parte apenas do sétimo Plano Cósmico e não tendo tido necessidade de trabalhar por sua evolução, fazendo esse trabalho por amor. As duas primeiras dessas Hierarquias prestaram ajuda no princípio de nossa evolução e as outras três durante os três períodos que antecederam ao Período Terrestre (ver o diagrama 9 do CONCEITO).

 

As três Hierarquias que nos ajudaram nos três períodos evolutivos iniciais são as Hierarquias de Gêmeos, Câncer e Leão. A Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama, nos ajudou no Período de Saturno, proporcionando o gérmen do corpo denso humano na primeira revolução e despertando o princípio espiritual mais elevado, o Espírito Divino, na sétima revolução desse mesmo período. A humanidade deve, portanto, aos Senhores da Chama, seu veículo mais elevado e o mais inferior, formando o primeiro arco do símbolo do Candelabro. Quando visitamos o Templo em Mount Ecclesia podemos ver que o painel de Leão está colocado na parede oeste do Santuário, por sobre o altar contendo o Emblema Rosacruz. O simbolismo do Templo, conforme descrito em um artigo de um probacionista, “Temple Symbolism, Part II”, na revista Rays from the Rose Cross, vol 88, nº 4 , July-August 1996, pgs 30-37, nos diz que “Leão é o signo do Cristo levantado e o emblema do desenvolvimento espiritual. Leão representa o caminho da Iniciação por meio do coração. O caminho Rosacruz da Iniciação se inicia na porta do intelecto sob o signo mental de Aquário (sobre a porta oriental do santuário do Templo) e conduz à liberação no altar do coração sob o domínio da Hierarquia de Leão.”

 

A Hierarquia de Câncer, os Querubins, nos despertou, na sexta revolução do Período Solar, o segundo princípio espiritual, o Espírito de Vida. A Hierarquia de Gêmeos, os Serafins, nos despertou, na quinta revolução do Período Lunar, o terceiro princípio espiritual, o Espírito Humano.

 

Foram as Hierarquias de Virgem, os Senhores da Sabedoria e a de Libra, os Senhores da Individualidade que, na segunda revolução do Período Solar e na terceira revolução do Período Lunar, nos proporcionaram os germens dos corpos vital e de desejos, respectivamente, e ajudaram posteriormente as Hierarquias de Leão, Câncer e Gêmeos no trabalho sobre a nossa triplicidade. A Hierarquia de Escorpião não participou, no Período de Involução, do trabalho de formação de nossos veículos, mas, conforme já mencionamos em palestra anterior, foi a responsável por nos dar o gérmen do cérebro. Os Senhores da Forma também trabalharam no desenvolvimento dos veículos da humanidade na primeira parte do Período Terrestre. Essa Hierarquia é a mais ativa desse Período, pois a parte material da evolução está em seu grau mais pronunciado e a forma é o fator mais dominante, conforme já comentado. As Hierarquias de Virgem, Libra e Escorpião, pela interpretação do diagrama 14, devem possuir, como veículos mais densos, veículos formados das substâncias dos Mundos do Espírito Divino e do Espírito de Vida e da Região do Pensamento Abstrato, respectivamente. Assim, no Período Terrestre, as Hierarquias de Virgem, Libra e Escorpião, já evoluídas o suficiente, ficaram a cargo, respectivamente, do Espírito Divino, do Espírito de Vida e do Espírito Humano da humanidade atual.

 

No período Solar, os Querubins (Câncer) trabalharam em conjunto com os senhores da Sabedoria (Virgem), construindo o segundo arco do símbolo do Candelabro, despertando o Espírito de Vida e proporcionando o gérmen do Corpo Vital no ser humano. De acordo com Corinne Heline, em seu livro “Bible Interpretation”, Mystery of the Cristos, Vol VII, parts III e V, os Querubins mantêm na Terra o padrão cósmico da exaltação do princípio feminino de todas as criaturas, sendo o ministério de tal Hierarquia a guarda dos lugares sacros. Virgem é o signo da pureza e do serviço e fortemente relacionado à cura. O Ritual do Serviço de Cura diz que “um vaso que não esteja limpo não pode conter água pura e cristalina, nem uma lente manchada dar uma imagem nítida”, referindo-se aos pré-requisitos para que o Serviço de Cura seja eficaz. Podemos inferir que os trabalhos realizados por essas duas Hierarquias estão muito afinados e integrados entre si, complementando-se mutuamente. 

 

No Período Lunar, os Serafins (Gêmeos) despertaram o Espírito Humano e os Senhores da Individualidade (Libra) proporcionaram ao homem o gérmen do corpo de desejos. O padrão cósmico mantido pelos Serafins para a Terra, de acordo com Corinne Heline, é de uma grande Paz, que será a herança de da vindoura raça Cristianizada. Também de acordo com Corinne Heline, Gêmeos está correlacionada com a dualidade, no plano material e com a polaridade, no plano espiritual. Por outro lado, o padrão cósmico mantido pela Hierarquia de Libra para a Terra é de beleza e harmonia. Heline diz também que “Libra se coloca como um divisor de águas diante da decisão da alma, apontando para um lado o caminho da pureza, da castidade e da Imaculada Concepção, como simbolizado em Virgem e para o outro lado, a “queda” na geração como simbolizado em Escorpião, o signo da oitava casa, que decreta que cada forma humana concebida pelo atual modo de geração deve perecer.” Conforme visto, a dualidade desempenha um importante papel no mundo material, como fonte para as decisões do Ego, durante seu processo de aprendizagem. Observa-se que os trabalhos realizados por essas duas Hierarquias também estão muito integrados entre si e se complementam mutuamente.

 

No Período Terrestre, os Senhores da Mente, a Hierarquia de Sagitário, propiciaram ao ser humano o gérmen da mente. Segundo Corinne Heline, o padrão cósmico mantido por esses seres gloriosos é o da Terra ser um imenso altar tornado radiante pela aura dourada da Suprema Luz do Mundo. Sagitário é sempre simbolizado pela luz de uma mente espiritualizada. Sagitário é também dual em sua natureza, onde um centauro representa a natureza inferior convivendo com a superior. Como nós, humanos, escolhemos seguir o caminho da materialidade simbolizado por Escorpião, em vez do caminho do espírito, simbolizado por Virgem, Sagitário indica o caminho da promessa, da esperança e da aspiração. Essa promessa é representada pela regência de Sagitário sobre a mente superior, a mente capaz de desenvolver o raciocínio abstrato, para que liberada a mente, possa o coração efetivamente ter o controle das ações.

 

Os padrões das Hierarquias, fortemente impressos nos átomos sementes dos veículos construídos durante os Períodos de Involução, constituem um marcante legado para as realizações humanas: o Amor como uma força de apoio e motivação para as ações humanas, a eterna busca por paz, beleza e harmonia, o profundo respeito pelos valores sacros, a pureza como um requisito imprescindível para um serviço eficaz  e a dualidade como uma fonte de oportunidades para crescimento, pavimentando o caminho de nosso processo de aprendizado com as conseqüências de nossas escolhas.

 

  1. O PROCESSO EVOLUTIVO – PERÍODO DE EVOLUÇÃO

 

Após ter recebido o gérmen da mente e, com isso, adquirido a individualidade, na metade do atual Período Terrestre, inicia-se para a humanidade o Período de Evolução do Processo Evolutivo do presente Dia de Manifestação. Esse Período de Evolução também é representado, de forma gráfica, no diagrama 8 do CONCEITO. Ao longo de todo o processo evolutivo, desenvolvem-se os estados de consciência correspondentes a cada período. A cada período, no entanto, sempre há uma recapitulação do que foi realizado nos períodos anteriores, conforme já comentamos em palestras anteriores. No Período de Saturno, que inicia o processo, não há o que recapitular e o grau de consciência desenvolvido é o de Inconsciência, correspondente ao transe profundo. No Período Solar, após as recapitulações feitas, é na segunda revolução que se inicia o trabalho do Período Solar, levando a um estado de inconsciência semelhante ao sono sem sonhos. No Período Lunar, cujo trabalho será iniciado na terceira revolução, desenvolve-se um estado de consciência pictórica, correspondente ao sono com sonhos. É no Período Terrestre, em sua quarta revolução que se desenvolve a consciência de vigília, objetiva, a que temos atualmente.

 

No Período de Júpiter, a humanidade habitará o globo D, na Região Etérea, conforme mostra o diagrama 8. Nesse período, não contaremos mais com o corpo denso que, no Período Terrestre, já estava em seu quarto e último período de desenvolvimento. Mas as suas forças e poderes, adquiridos ao longo dos quatro períodos evolutivos serão incorporados ao corpo vital que, no Período de Júpiter, estará em seu quarto e último período evolutivo. Nesse período, a consciência desenvolvida será uma consciência própria e de imagens conscientes. O ser humano voltará a ter a capacidade de ver os mundos internos, mas nessa condição sob o domínio de sua vontade, podendo criar imagens internas. No Período de Júpiter, a mente será, até certo ponto, vivificada. As formas imaginadas terão vida e crescerão, à semelhança das plantas. Ao final do Período de Júpiter, a Alma Consciente, produto da espiritualização do Corpo Denso, será absorvida por sua contraparte espiritual, o Espírito Divino, na última revolução do Período de Júpiter, por se tratar de um trabalho realizado pelo Espírito Divino. O Espírito Divino absorverá também o Espírito Humano ao final do Período de Júpiter, sem que o Espírito Humano perca as suas características, que serão incorporadas ao Espírito Divino

 

No Período de Vênus, o Globo D estará situado no Mundo do Desejo, conforme mostra o diagrama 8. Analogamente ao que ocorre no Período de Júpiter, as forças e poderes adquiridos pelos corpos denso e vital serão incorporados ao corpo de desejos que, no Período de Vênus, estará em seu quarto período evolutivo. Nesse período, a consciência desenvolvida será uma consciência objetiva, autoconsciente, criadora. Nesse período, a mente terá adquirido sentimento, podendo criar coisas com vida, com capacidade de crescimento e sensíveis, como os seres do reino animal. A Alma Intelectual, o produto espiritualizado do corpo vital, será incorporada ao Espírito de Vida na sexta revolução do Período de Vênus, por ser um trabalho realizado pelo Espírito de Vida. Ao final desse Período, o Espírito Divino absorverá também o Espírito de Vida.

 

No Período de Vulcano, o Globo D estará situado no Mundo do Pensamento Concreto. Do mesmo modo que para os períodos anteriores, as forças e poderes desenvolvidos para os corpos denso, vital e de desejos serão incorporados à mente, que se converterá na mais alta expressão dos veículos humanos, algo muito além da nossa atual capacidade de compreensão. A consciência correspondente será, também, a mais elevada Consciência Espiritual, impossível de descrever com a nossa limitada capacidade de concepção atual. Nesse futuro período, a mente será capaz de criar seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão, tal como hoje nós somos capazes. Chegaremos a um estágio de desenvolvimento análogo aos dos Senhores da Mente no Período de Saturno, porém em um ponto evolutivo um pouco superior, considerando a espiral evolutiva.  A Alma Emocional será absorvida pelo Espírito Humano, por sua vez já absorvido pelo Espírito Divino, ao final do Período de Júpiter, na quinta revolução do Período de Vulcano. A Mente aperfeiçoada, contendo tudo o que foi conquistado pelos veículos que formam a personalidade, será absorvida pelo Espírito Divino, ao final do Período de Vulcano.

 

É interessante observar que o período em que uma Hierarquia atinge uma condição similar a da humanidade atual é o período em que atinge sua individualidade e é também quando desenvolve plenamente seu veículo mais denso. Nesse estágio inicia relacionamentos com outras ondas de vida que permanecerão nos períodos seguintes.

 

A própria humanidade atual é um exemplo claro desse fato, pois está trabalhando sobre os minerais, no período em que atingiu sua individualidade. Esse trabalho terá continuidade nos períodos seguintes, culminando no Período de Vulcano, quando teremos o privilégio de dar aos atuais minerais, uma mente germinal, como os Senhores da Mente fizeram conosco. Recorde-se que os Senhores da Mente eram humanos quando estávamos em um estágio equivalente ao mineral. O mesmo aconteceu com os Arcanjos, que trabalharam sobre os atuais animais, em seu estágio mineral, quando adquiriram a condição de humanos, no Período Solar. Por processo idêntico passaram os Anjos, trabalhando sobre os atuais vegetais quando eram humanos no Período Lunar. Os Arcanjos trabalham agora sobre o corpo de desejos dos animais atuais e dos homens, já que estão em seu terceiro estágio desde que se tornaram indivíduos. Os Anjos trabalham agora sobre os corpos vitais dos seres vivos, já que estão em seu segundo estágio de individualidade. É de se supor que, por analogia, no Período de Júpiter, caiba aos Arcanjos proporcionarem a mente germinal aos atuais animais e, no Período de Vênus, caiba aos Anjos proporcionarem a mente germinal aos atuais vegetais.

 

A partir do exposto podemos inferir, com a ajuda da analogia, um padrão que deve se repetir a cada Dia de Manifestação. Durante o Período de Involução, uma nova onda de vida de Espíritos Virginais recebe todas as ferramentas de que precisa para evoluir, através do trabalho de outras Hierarquias mais avançadas, algumas fazendo esse trabalho para evoluir e outras somente por amor. Quando esses Espíritos Virginais chegam à maioridade, como indivíduos, começam um trabalho com outras ondas de vida mais jovens, do mesmo modo que as ondas de vida mais velhas fizeram com eles. O trabalho das Hierarquias continua e com ele prossegue a evolução. Servem aos irmãos mais jovens para evoluir e se sentem gratos por isso. Chegam finalmente a uma condição de perfeição, ao terem aprendido todas as lições. Nesse ponto, alguns fazem uma escolha, uma bela escolha e decidem continuar a servir seus irmãos mais jovens, não para evoluírem, mas por um sentido de dever e de boa vontade de realizar um serviço amoroso. Ficam então em condição semelhante àquelas Hierarquias mais avançadas que fizeram o mesmo por eles, mas agora em uma espiral mais alta. Todas as Hierarquias e ondas de vida, umas trabalhando para evoluir e outras por amor permanecem juntas, em comunhão, em uma unidade que reflete a presença sutil do Criador de tudo em tudo.

 

 

BIBLIOGRAFIA

Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel, Fraternidade Rosacruz, São Paulo, Brasil

Temas Rosacruzes, Tomo II, Recopilacion de seis libros, Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

The Four Gospels Esoterically Interpreted, John P. Scott, The Langford Press, Oceanside, CA, USA.

O Cordão Prateado e os Átomos Semente, Publicação da Fraternidade Rosacruz.

A Probationer, “Temple Symbolism, Part II”, “Rays from the Rose Cross”, vol 88, nº 4 , July-August 1996, pgs 30-37.

Corinne Heline,  “Bible Interpretation”, Mystery of the Cristos, Vol VII, pa

 

 



Diagrama representando um Ciclo de Vida

Fonte: Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel

 

 


BIBLIOGRAFIA

Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel, Fraternidade Rosacruz, São Paulo, Brasil

Temas Rosacruzes, Tomo II, Recopilacion de seis libros, Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

The Four Gospels Esoterically Interpreted, John P. Scott, The Langford Press, Oceanside, CA, USA.



OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE

PARTE  VIII– CRISTO JESUS.

 


 

OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE

 

 Programação do ciclo

 OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE

As palestras serão realizadas nos sábados, dias 28 de março, 25 de abril, 30 de maio, 27 de junho, 25 de julho, 29 de agosto, 03 de outubro, 31 de outubro e no domingo, 15 de novembro, às 17:00 horas.

Os textos relativos às palestras serão distribuídos aos participantes no mês seguinte à sua realização. Esses textos serão também publicados em nosso site seguindo o mesmo critério.

O dia 15 de novembro será dedicado a uma discussão do tema e do papel que desempenha o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS em nosso desenvolvimento espiritual.

Como todas as atividades da Fraternidade Rosacruz Max Heindel, a entrada é franca, mas para participar do evento o interessado deverá comunicar à FRMH esse seu desejo, por telefone (9548-7397), de segunda à sexta-feira, no horário comercial, ou por email rosacruzmhrio@gmail.com), dando seu nome e endereço.

 

 

 

  A Mensagem da Rosacruz destina-se à elevação dos seres humanos, por meio do aperfeiçoamento individual, que se conseguirá pela cultura da mente e do coração, visando a um intelecto equilibrado, harmonioso, justo; um coração terno, bondoso, caritativo; um corpo são, puro e forte. A sua divisa é SERVIR.

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