CENTENÁRIO DO CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS
Ciclo de Conferências Públicas na Sede da Fraternidade Rosacruz - Centro Autorizado do Rio de Janeiro
OS
MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU
RELACIONAMENTO COM A
HUMANIDADE
PARTE VII– OS MUNDOS ESPIRITUAIS.
Tendo
visitado em nossas palestras, até
então, os Mundos Físico, do
Desejo e do
Pensamento, examinado suas propriedades, seus habitantes e até
mesmo o processo
dinâmico da Evolução através dos
vários ciclos de vida, vamos tratar agora dos
Mundos Espirituais, nos quais o ser humano comum ainda carece de
consciência. Desses
Mundos Espirituais, fizemos referência, em palestras anteriores,
ao Mundo do
Pensamento Abstrato ou Terceiro Céu, que é o primeiro
Mundo Espiritual e também
o primeiro dos mundos obscuros que são nossa morada durante as
Noites Cósmicas.
No
estágio atual de sua evolução, no Período
Terrestre, o ser humano comum está limitado a ascender somente
até o Terceiro
Céu e, assim mesmo, praticamente não tem
consciência de sua estada nesse plano,
onde permanece nos intervalos entre nascimentos até que sinta a
necessidade de
renascer para viver nossas experiências. Esses Mundos Espirituais
são a morada
das Hierarquias Superiores que ajudam o ser humano a evoluir e que
desempenharam um importante papel na construção dos
veículos que estamos usando
em nossa evolução.
De forma a
melhor compreender o contexto onde
atuam as Hierarquias Divinas, examinaremos a seguir, de forma resumida,
o
esquema da evolução concebida pela Mente Divina, conforme
nos é transmitido
pelo CONCEITO,
como base para a análise do papel das Hierarquias
Divinas em
nossa evolução.
2. O
PROCESSO EVOLUTIVO – O PERÍODO DE INVOLUÇÃO
Segundo a
literatura ocultista, estamos
evoluindo em um chamado Dia de Manifestação, dia esse que
teve um princípio e
terá um fim, voltando tudo o que foi manifesto ao Espaço
não manifesto. No
princípio, como nos diz o CONCEITO,
O
Capítulo
VII do CONCEITO descreve o
processo dinâmico pelo qual passaram e devem passar as ondas de
vida,
traduzidos em períodos, revoluções, globos e
épocas, processo que é graficamente
descrito no diagrama 8.
A onda de
vida humana, que começou sua
evolução no atual Dia de Manifestação,
habita de início o Globo A no Período de
Saturno, situado no Mundo do Espírito Divino e realiza uma
revolução completa passando
pelos sete globos de A a G,
transferindo-se de um para outro até voltar ao mesmo Mundo do
Espírito Divino
no Globo G. Nessa primeira revolução, a onda de vida
humana recebe o gérmen de
seu veículo mais denso. Na sétima, tem seu veículo
espiritual superior, o
Espírito Divino, despertado. Quando a onda de vida abandona o
Globo A, pela
sétima e última vez, esse globo começa a
desintegrar-se. As forças desse globo,
de modo análogo ao que ocorre com as forças dos
átomos semente de nossos
veículos, são transferidas para um mundo abaixo, o Mundo
do Espírito de Vida, para
formarem o novo globo A, a ser utilizado no Período Solar. O
mesmo sucede com
os demais globos, que são transferidos de forma semelhante.
Depois de
completadas as sete revoluções, passando pelos sete
globos, segue-se uma Noite
Cósmica, onde atividades de preparação para um
novo período são realizadas.
A primeira
revolução do Período Solar consiste
de um novo trabalho sobre o corpo denso, que é preparado para
receber um corpo
vital, cujo gérmen é dado na segunda
revolução. Na sexta revolução é
despertado
o Espírito de Vida e na sétima, volta-se a trabalhar
sobre o Espírito Divino.
Por um processo similar ao anteriormente descrito as forças dos
globos são
transferidas para os Mundos imediatamente abaixo, onde estarão
os globos no
Período Lunar. Após outra Noite Cósmica e a
recapitulação dos trabalhos sobre
os veículos já recebidos, na terceira
revolução do Período Lunar, é dado à
onda
de vida humana o gérmen do corpo de desejos e na quinta
revolução é despertado o
Espírito Humano.
É
somente no quarto período evolutivo, o
Terrestre, que a onda de vida humana recebe o elo que faltava para sua
individualização, a mente, na primeira metade desse
período, conforme já
descrevemos em palestras anteriores.
O
Período de Involução, em que o ser humano
recebe os veículos que serão suas ferramentas para
evoluir durante o Dia de
Manifestação, pode ser simbolizado pelo Candelabro de
Sete Braços. Observe que
o Candelabro está constituído por três metades de
arcos de círculo concêntricas
e mais uma haste vertical no centro desses semicírculos,
compondo sete pontas
onde são afixadas as velas do candelabro. Cada
semicírculo representa um corpo
com sua contraparte espiritual, que são outorgados à onda
de vida humana em um
mesmo período evolutivo. O candelabro vai sendo formado das
extremidades para
dentro, até que é completado com a haste central,
simbolizando a mente recebida
já no Período Terrestre. Observe-se que o símbolo
do Candelabro pode
representar também o processo evolutivo dos demais reinos que
evoluem
Aqui, na
Terra, na atual quarta Revolução,
alcançou-se a maior densidade da matéria. Doravante, a
tendência é de a matéria
tornar-se cada vez menos densa. No próximo período, o
Período de Júpiter, o
globo D estará na Região Etérea, de forma
análoga à que se encontrava no
Período Lunar, porém em um passo superior da espiral que
representa a Evolução.
O mesmo ocorrerá nos períodos de Vênus e de
Vulcano, reproduzindo as condições
dos períodos Solar e de Saturno, respectivamente, porém
em um estágio superior
da Evolução. Essas condições podem ser
representadas graficamente, conforme mostra
o diagrama 8 do
CONCEITO.
A obra da
Evolução, descrevendo as
realizações em cada período até o
início do Período Terrestre é descrita nos
Capítulos VIII e IX do
CONCEITO.
As doze
Hierarquias são os Seres Criadores a
que se refere o Gênese, quando diz “Façamos o ser
humano à nossa imagem e
semelhança”. Coletivamente, influenciam o ser humano dos
pés à cabeça, através
da regência de seus respectivos signos sobre o corpo humano.
Um sistema
de Hostes Espirituais hierarquizadas
já tinha sido descrito por Dionísio, o Areopagita.
Segundo a lenda
eclesiástica, foi Paulo que instruiu Dionísio nesses
Mistérios, conforme citado
no livro Temas Rosacruzes, Vol II, quando se fala dos Habitantes do
Mundo do
Pensamento. Dionísio faz referência a nove Hierarquias ou
Coros Angélicos,
dispostas em três grupos de três Hierarquias. Não
fazem parte do Sistema
descrito por Dionísio as Hierarquias de Áries e Touro,
que prestaram ajuda no
início do processo evolutivo e se retiraram antes da
existência do Sistema
Solar. Também não faz parte do Sistema de Dionísio
nossa própria Hierarquia, a
de Peixes, por se tratar de um Sistema Angélico. O primeiro
grupo é constituído
pelas Hierarquias de Gêmeos, Câncer e Leão, sendo
chamadas de Serafins, Querubins
e Tronos. O segundo grupo é formado pelas Hierarquias de Virgem,
Libra e
Escorpião, sendo denominadas Dominações, Virtudes
e Potestades. O terceiro
grupo, em contato mais direto com a humanidade, é formado pelas
Hierarquias de
Sagitário, Capricórnio e Aquário, recebendo os
nomes de Principados, Arcanjos e
Anjos.
O Diagrama 14 do CONCEITO ROSACRUZ
DO
COSMOS nos
dá uma chave para uma melhor compreensão de como as
Hierarquias Criadoras estão
constituídas, em termos dos veículos de que
dispõem para atuar nas várias
regiões do Sétimo Plano Cósmico mostradas no
Diagrama 6 de nosso livro texto. O
diagrama 14
nos mostra a existência de 13 regiões,
a partir das quais são
formados os veículos dos seres das 7 ondas de vida em
evolução, desde os
Senhores da Mente até os minerais do Período Terrestre. O
diagrama mostra
também os mais altos iniciados dos períodos de Saturno,
Solar e Lunar, cujos
veículos superiores são formados por substância
existente no Mundo dos
Espíritos Virginais e em pelo menos uma das 3 regiões em
que se subdivide o
Mundo de Deus.
Cada uma
das 13 regiões corresponde a um
signo do Zodíaco, sendo que a 13ª, a mais elevada,
corresponde à soma total, da
mesma forma que a cor branca é a soma de todas as cores do
espectro solar.
Observa-se também que, desde Sagitário a Peixes, cada
região correspondente ao
signo é a região mais inferior em que cada Hierarquia
desenvolveu veículos e
que funciona como “base” de suas operações.
Usando a lei de analogia, podemos
estender esse conceito para todas as Hierarquias em atividade no atual
Período
Terrestre, descritas no diagrama 9
do CONCEITO, as Hierarquias de Virgem a
Peixes. Essas Hierarquias são em número de 7, com a
propriedade de os 7
veículos de cada Hierarquia estarem, em relação
aos veículos da Hierarquia que
lhe é superior, uma região abaixo, no que diz respeito ao
seu veículo mais
inferior. Matematicamente, são necessárias 13
regiões para que as sete
Hierarquias, obedecendo a essa propriedade, tenham cada uma sete
veículos.
Assim,
podemos supor, por analogia, que a
Hierarquia de Escorpião, os Senhores da Forma, possui
veículos nas regiões que
vão desde a região do Pensamento Abstrato à
1ª Região em que está subdividido o
Mundo de Deus, equivalendo, em veículos, ao mais alto Iniciado
do Período Lunar,
Jeová. A mesma suposição seria válida para
a Hierarquia de Libra, os Senhores
da Individualidade, que possuiria veículos desde o Mundo do
Espírito de Vida à
2ª região do Mundo de Deus, equivalendo em veículos
ao mais alto Iniciado do
Período Solar, o Cristo. O mesmo se aplicaria para a Hierarquia
de Virgem, os
Senhores da Sabedoria, que possuiria veículos desde o Mundo do
Espírito Divino
à 3ª região do Mundo de Deus, equivalendo em
veículos ao mais alto Iniciado do
Período de Saturno, o Pai. Conforme já comentamos em
palestra anterior, por
possuírem veículos no Mundo de Deus, o Pai, Cristo e
Jeová são considerados
como Deus mesmo, para aqueles com sensibilidade para perceber tal
sublime
condição. Pela mesma razão, são
considerados como parte da Santíssima Trindade.
Observa-se
também que só as Hierarquias de
Virgem a Peixes possuem veículos restritos ao 1º Plano
Cósmico. As 5 hierarquias de
Áries a Leão, se tiverem 7
veículos, terão parte deles no 6º Plano
Cósmico. O diagrama 6 do CONCEITO
reforça a tese do padrão estabelecido pelo número
sete na constituição do
Universo, o que se aplicaria também, por analogia, ao
número de veículos de
cada Hierarquia. Se for esse o caso, isso confirmaria que essas
Hierarquias têm
uma condição diferente, não fazendo parte apenas
do sétimo Plano Cósmico e não tendo
tido necessidade de trabalhar por sua evolução, fazendo
esse trabalho por amor.
As duas primeiras dessas Hierarquias prestaram ajuda no
princípio de nossa
evolução e as outras três durante os três
períodos que antecederam ao Período
Terrestre (ver o diagrama 9 do
CONCEITO).
As
três Hierarquias que nos ajudaram nos três
períodos evolutivos iniciais são as Hierarquias de
Gêmeos, Câncer e Leão. A
Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama, nos ajudou no
Período de Saturno,
proporcionando o gérmen do corpo denso humano na primeira
revolução e
despertando o princípio espiritual mais elevado, o
Espírito Divino, na sétima
revolução desse mesmo período. A humanidade deve,
portanto, aos Senhores da
Chama, seu veículo mais elevado e o mais inferior, formando o
primeiro arco do
símbolo do Candelabro. Quando visitamos o Templo
A
Hierarquia de Câncer, os Querubins, nos
despertou, na sexta revolução do Período Solar, o
segundo princípio espiritual,
o Espírito de Vida. A Hierarquia de Gêmeos, os Serafins,
nos despertou, na
quinta revolução do Período Lunar, o terceiro
princípio espiritual, o Espírito
Humano.
Foram as
Hierarquias de Virgem, os Senhores
da Sabedoria e a de Libra, os Senhores da Individualidade que, na
segunda
revolução do Período Solar e na terceira
revolução do Período Lunar, nos
proporcionaram os germens dos corpos vital e de desejos,
respectivamente, e
ajudaram posteriormente as Hierarquias de Leão, Câncer e
Gêmeos no trabalho
sobre a nossa triplicidade. A Hierarquia de Escorpião não
participou, no
Período de Involução, do trabalho de
formação de nossos veículos, mas, conforme
já mencionamos em palestra anterior, foi a responsável
por nos dar o gérmen do
cérebro. Os Senhores da Forma também trabalharam no
desenvolvimento dos
veículos da humanidade na primeira parte do Período
Terrestre. Essa Hierarquia
é a mais ativa desse Período, pois a parte material da
evolução está em seu
grau mais pronunciado e a forma é o fator mais dominante,
conforme já comentado.
As Hierarquias de Virgem, Libra e Escorpião, pela
interpretação do diagrama 14,
devem possuir, como veículos mais densos, veículos
formados das substâncias dos
Mundos do Espírito Divino e do Espírito de Vida e da
Região do Pensamento
Abstrato, respectivamente. Assim, no Período Terrestre, as
Hierarquias de
Virgem, Libra e Escorpião, já evoluídas o
suficiente, ficaram a cargo,
respectivamente, do Espírito Divino, do Espírito de Vida
e do Espírito Humano
da humanidade atual.
No
período Solar, os Querubins (Câncer) trabalharam
em conjunto com os senhores da Sabedoria (Virgem), construindo o
segundo arco
do símbolo do Candelabro, despertando o Espírito de Vida
e proporcionando o
gérmen do Corpo Vital no ser humano. De acordo com Corinne
Heline, em seu livro
“Bible Interpretation”, Mystery of
the Cristos, Vol VII,
parts III e V, os Querubins
mantêm na Terra o padrão cósmico da
exaltação do princípio feminino de todas as
criaturas, sendo o ministério de tal Hierarquia a guarda dos
lugares sacros.
Virgem é o signo da pureza e do serviço e fortemente
relacionado à cura. O
Ritual do Serviço de Cura diz que “um vaso que não
esteja limpo não pode conter
água pura e cristalina, nem uma lente manchada dar uma imagem
nítida”,
referindo-se aos pré-requisitos para que o Serviço de
Cura seja eficaz. Podemos
inferir que os trabalhos realizados por essas duas Hierarquias
estão muito
afinados e integrados entre si, complementando-se mutuamente.
No
Período Lunar, os Serafins (Gêmeos)
despertaram o Espírito Humano e os Senhores da Individualidade
(Libra)
proporcionaram ao homem o gérmen do corpo de desejos. O
padrão cósmico mantido
pelos Serafins para a Terra, de acordo com Corinne Heline, é de
uma grande Paz,
que será a herança de da vindoura raça
Cristianizada. Também de acordo com
Corinne Heline, Gêmeos está correlacionada com a
dualidade, no plano material e
com a polaridade, no plano espiritual. Por outro lado, o padrão
cósmico mantido
pela Hierarquia de Libra para a Terra é de beleza e harmonia.
Heline diz também
que “Libra se coloca como um divisor de águas diante da
decisão da alma,
apontando para um lado o caminho da pureza, da castidade e da Imaculada
Concepção, como simbolizado em Virgem e para o outro
lado, a “queda” na geração
como simbolizado em Escorpião, o signo da oitava casa, que
decreta que cada
forma humana concebida pelo atual modo de geração deve
perecer.” Conforme
visto, a dualidade desempenha um importante papel no mundo material,
como fonte
para as decisões do Ego, durante seu processo de aprendizagem.
Observa-se que
os trabalhos realizados por essas duas Hierarquias também
estão muito integrados
entre si e se complementam mutuamente.
No
Período Terrestre, os Senhores da Mente, a
Hierarquia de Sagitário, propiciaram ao ser humano o
gérmen da mente. Segundo
Corinne Heline, o padrão cósmico mantido por esses seres
gloriosos é o da Terra
ser um imenso altar tornado radiante pela aura dourada da Suprema Luz
do Mundo.
Sagitário é sempre simbolizado pela luz de uma mente
espiritualizada. Sagitário
é também dual em sua natureza, onde um centauro
representa a natureza inferior
convivendo com a superior. Como nós, humanos, escolhemos seguir
o caminho da
materialidade simbolizado por Escorpião, em vez do caminho do
espírito,
simbolizado por Virgem, Sagitário indica o caminho da promessa,
da esperança e
da aspiração. Essa promessa é representada pela
regência de Sagitário sobre a
mente superior, a mente capaz de desenvolver o raciocínio
abstrato, para que
liberada a mente, possa o coração efetivamente ter o
controle das ações.
Os
padrões das Hierarquias, fortemente
impressos nos átomos sementes dos veículos
construídos durante os Períodos de
Involução, constituem um marcante legado para as
realizações humanas: o Amor
como uma força de apoio e motivação para as
ações humanas, a eterna busca por
paz, beleza e harmonia, o profundo respeito pelos valores sacros, a
pureza como
um requisito imprescindível para um serviço eficaz e a dualidade como uma fonte de oportunidades
para crescimento, pavimentando o caminho de nosso processo de
aprendizado com
as conseqüências de nossas escolhas.
Após
ter recebido o gérmen da mente e, com
isso, adquirido a individualidade, na metade do atual Período
Terrestre,
inicia-se para a humanidade o Período de Evolução
do Processo Evolutivo do
presente Dia de Manifestação. Esse Período de
Evolução também é representado,
de forma gráfica, no diagrama 8
do CONCEITO. Ao longo de todo o processo
evolutivo, desenvolvem-se os estados de consciência
correspondentes a cada
período. A cada período, no entanto, sempre há uma
recapitulação do que foi
realizado nos períodos anteriores, conforme já comentamos
em palestras
anteriores. No Período de Saturno, que inicia o processo,
não há o que
recapitular e o grau de consciência desenvolvido é o de Inconsciência, correspondente ao transe profundo.
No Período Solar,
após as recapitulações feitas, é na segunda
revolução que se inicia o trabalho
do Período Solar, levando a um estado de
inconsciência semelhante ao sono sem sonhos. No
Período Lunar, cujo
trabalho será iniciado na terceira revolução,
desenvolve-se um estado de consciência
pictórica,
correspondente ao sono com sonhos. É no Período
Terrestre, em sua quarta
revolução que se desenvolve a
consciência
de vigília, objetiva, a que temos atualmente.
No
Período de Júpiter, a humanidade habitará
o globo D, na Região Etérea, conforme mostra o diagrama 8. Nesse
período,
não
contaremos mais com o corpo denso que, no Período Terrestre,
já estava em seu
quarto e último período de desenvolvimento. Mas as suas
forças e poderes,
adquiridos ao longo dos quatro períodos evolutivos serão
incorporados ao corpo
vital que, no Período de Júpiter, estará em seu
quarto e último período
evolutivo. Nesse período, a consciência desenvolvida
será uma consciência própria e de
imagens conscientes.
O ser humano voltará a ter a capacidade de ver os mundos
internos, mas nessa
condição sob o domínio de sua vontade, podendo
criar imagens internas. No
Período de Júpiter, a mente será, até certo
ponto, vivificada. As formas
imaginadas terão vida e crescerão, à
semelhança das plantas. Ao final do
Período de Júpiter, a Alma Consciente, produto da
espiritualização do Corpo
Denso, será absorvida por sua contraparte espiritual, o
Espírito Divino, na
última revolução do Período de
Júpiter, por se tratar de um trabalho realizado
pelo Espírito Divino. O Espírito Divino absorverá
também o Espírito Humano ao
final do Período de Júpiter, sem que o Espírito
Humano perca as suas
características, que serão incorporadas ao
Espírito Divino
No
Período de Vênus, o Globo D estará situado
no Mundo do Desejo, conforme mostra o diagrama
8. Analogamente ao que ocorre no
Período de Júpiter, as forças e poderes adquiridos
pelos corpos denso e vital
serão incorporados ao corpo de desejos que, no Período de
Vênus, estará em seu
quarto período evolutivo. Nesse período, a
consciência desenvolvida será uma
consciência objetiva, autoconsciente,
criadora. Nesse período, a mente terá adquirido
sentimento, podendo criar
coisas com vida, com capacidade de crescimento e sensíveis, como
os seres do
reino animal. A Alma Intelectual, o produto espiritualizado do corpo
vital,
será incorporada ao Espírito de Vida na sexta
revolução do Período de Vênus,
por ser um trabalho realizado pelo Espírito de Vida. Ao final
desse Período, o
Espírito Divino absorverá também o Espírito
de Vida.
No
Período de Vulcano, o Globo D estará
situado no Mundo do Pensamento Concreto. Do mesmo modo que para os
períodos
anteriores, as forças e poderes desenvolvidos para os corpos
denso, vital e de
desejos serão incorporados à mente, que se
converterá na mais alta expressão
dos veículos humanos, algo muito além da nossa atual
capacidade de compreensão.
A consciência correspondente será, também, a mais elevada Consciência Espiritual,
impossível de descrever com a
nossa limitada capacidade de concepção atual. Nesse
futuro período, a mente
será capaz de criar seres que viverão, crescerão,
sentirão e pensarão, tal como
hoje nós somos capazes. Chegaremos a um estágio de
desenvolvimento análogo aos
dos Senhores da Mente no Período de Saturno, porém em um
ponto evolutivo um
pouco superior, considerando a espiral evolutiva. A
Alma Emocional será absorvida pelo Espírito
Humano, por sua vez já absorvido pelo Espírito Divino, ao
final do Período de
Júpiter, na quinta revolução do Período de
Vulcano. A Mente aperfeiçoada,
contendo tudo o que foi conquistado pelos veículos que formam a
personalidade,
será absorvida pelo Espírito Divino, ao final do
Período de Vulcano.
É
interessante observar que o período em que
uma Hierarquia atinge uma condição similar a da
humanidade atual é o período em
que atinge sua individualidade e é também quando
desenvolve plenamente seu
veículo mais denso. Nesse estágio inicia relacionamentos
com outras ondas de
vida que permanecerão nos períodos seguintes.
A
própria humanidade atual é um exemplo claro
desse fato, pois está trabalhando sobre os minerais, no
período em que atingiu
sua individualidade. Esse trabalho terá continuidade nos
períodos seguintes,
culminando no Período de Vulcano, quando teremos o
privilégio de dar aos atuais
minerais, uma mente germinal, como os Senhores da Mente fizeram
conosco.
Recorde-se que os Senhores da Mente eram humanos quando
estávamos em um estágio
equivalente ao mineral. O mesmo aconteceu com os Arcanjos, que
trabalharam
sobre os atuais animais, em seu estágio mineral, quando
adquiriram a condição
de humanos, no Período Solar. Por processo idêntico
passaram os Anjos,
trabalhando sobre os atuais vegetais quando eram humanos no
Período Lunar. Os
Arcanjos trabalham agora sobre o corpo de desejos dos animais atuais e
dos
homens, já que estão em seu terceiro estágio desde
que se tornaram indivíduos.
Os Anjos trabalham agora sobre os corpos vitais dos seres vivos,
já que estão
em seu segundo estágio de individualidade. É de se supor
que, por analogia, no
Período de Júpiter, caiba aos Arcanjos proporcionarem a
mente germinal aos
atuais animais e, no Período de Vênus, caiba aos Anjos
proporcionarem a mente
germinal aos atuais vegetais.
A partir
do exposto podemos inferir, com a
ajuda da analogia, um padrão que deve se repetir a cada Dia de
Manifestação.
Durante o Período de Involução, uma nova onda de
vida de Espíritos Virginais
recebe todas as ferramentas de que precisa para evoluir, através
do trabalho de
outras Hierarquias mais avançadas, algumas fazendo esse trabalho
para evoluir e
outras somente por amor. Quando esses Espíritos Virginais chegam
à maioridade,
como indivíduos, começam um trabalho com outras ondas de
vida mais jovens, do
mesmo modo que as ondas de vida mais velhas fizeram com eles. O
trabalho das
Hierarquias continua e com ele prossegue a evolução.
Servem aos irmãos mais
jovens para evoluir e se sentem gratos por isso. Chegam finalmente a
uma
condição de perfeição, ao terem aprendido
todas as lições. Nesse ponto, alguns
fazem uma escolha, uma bela escolha e decidem continuar a servir seus
irmãos
mais jovens, não para evoluírem, mas por um sentido de
dever e de boa vontade
de realizar um serviço amoroso. Ficam então em
condição semelhante àquelas
Hierarquias mais avançadas que fizeram o mesmo por eles, mas
agora em uma
espiral mais alta. Todas as Hierarquias e ondas de vida, umas
trabalhando para
evoluir e outras por amor permanecem juntas, em comunhão, em uma
unidade que
reflete a presença sutil do Criador de tudo em tudo.
BIBLIOGRAFIA
Conceito Rosacruz do Cosmos, Max
Heindel, Fraternidade Rosacruz, São Paulo, Brasil
Temas
Rosacruzes, Tomo II, Recopilacion
de seis
libros, Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
The
Four Gospels Esoterically Interpreted, John
P. Scott, The Langford Press, Oceanside, CA, USA.
O
Cordão Prateado e os
Átomos Semente, Publicação da Fraternidade
Rosacruz.
A Probationer, “Temple
Symbolism, Part II”,
“Rays from
the Rose Cross”, vol 88, nº 4 , July-August 1996, pgs 30-37.
Diagrama representando um Ciclo de Vida Fonte: Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel |
BIBLIOGRAFIA
Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel, Fraternidade Rosacruz, São Paulo, Brasil
Temas Rosacruzes, Tomo II, Recopilacion de seis libros, Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
The Four Gospels Esoterically Interpreted, John P. Scott, The Langford Press, Oceanside, CA, USA.
OS MUNDOS
VISÍVEL E
INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE
OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE |
Programação do ciclo
OS MUNDOS VISÍVEL E INVISÍVEIS, SEUS HABITANTES E SEU RELACIONAMENTO COM A HUMANIDADE
As palestras
serão
realizadas nos sábados, dias 28 de março, 25 de abril, 30
de maio, 27 de junho, 25 de julho, 29 de agosto, 03 de outubro, 31 de
outubro e no domingo, 15 de novembro, às 17:00 horas.
Os textos relativos às palestras serão
distribuídos aos participantes no mês seguinte à
sua realização. Esses textos serão também
publicados em nosso site seguindo o mesmo critério.
O dia 15 de novembro será dedicado a uma discussão do
tema e do papel que desempenha o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS em nosso
desenvolvimento espiritual.
Como todas as atividades da Fraternidade Rosacruz Max Heindel, a
entrada é franca, mas para participar do evento o interessado
deverá comunicar à FRMH esse seu desejo, por telefone
(9548-7397), de segunda à sexta-feira, no horário
comercial, ou por email rosacruzmhrio@gmail.com),
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