CAPÍTULO VII

EFEITOS DO ÁLCOOL E DO TABACO

 

A carne e o álcool tendem a excitar a ferocidade humana impedindo que sua visão espiritual penetre os mundos superiores e concentrando-a no plano material. Por isso a Bíblia nos diz que no princípio da era do Arco-íris, a era em que começamos a viver em uma atmosfera de ar puro e límpido, muito diferente da atmosfera nebulosa da Atlântida de que se fala no segundo capítulo do Gênese, Noé, pela primeira vez, produziu o vinho. O desenvolvimento material foi a conseqüência de concentrarmos nossas energias no mundo material, o resultado de consumirmos carne e vinho.

O primeiro milagre de Cristo foi converter a água em vinho. Ele recebera o Espírito Universal no batismo e não tinha necessidade de estimulantes artificiais. Cristo transformou a água em vinho para dá-lo às pessoas menos evoluídas que o rodeavam. Mas nenhuma pessoa enquanto beber vinho poderá herdar o Reino de Deus. A razão esotérica disto é que enquanto os éteres inferiores vibram de acordo com o átomo-semente do coração e do plexo solar, mantendo vivo o corpo físico, os éteres superiores vibram com o corpo pituitário e a glândula pineal. Ingerindo o espírito falso que é fermentado fora do corpo e que é diferente do espírito fermentado no interior pelo açúcar, estes órgãos ficam temporariamente com suas atividades bloqueadas, não podendo vibrar em resposta aos Mundos Superiores. Devido ao abuso cometido durante séculos, o homem deixou de atuar nos mundos superiores. Se bebe demasiado deste espírito alcoólico aqueles órgãos podem despertar ligeiramente, possibilitando a contemplação dos reinos inferiores do Mundo do Desejo e de todo o mal ali existente. É isso que ocorre no chamado "delirium tremens".

Resumindo: como a Evolução da alma depende da aquisição dos dois éteres superiores, dos quais se faz a maravilhosa Veste de Bodas, conforme estes éteres se sintonizem com os órgãos citados da mesma forma que os éteres inferiores se sintonizam com o átomo-semente no coração e no plexo solar, facilmente serão compreendidos os efeitos mortais que, para o homem espiritual, acarretam o álcool e as drogas. Para esclarecer melhor este assunto vamos mencionar um incidente da vida.

Existe um velho ditado que diz: "Uma vez Maçon, sempre Maçon". Isto significa que quem quer que haja recebido a iniciação na Ordem Maçônica, nunca poderá renunciar, porque não pode desfazer-se do conhecimento e dos segredos que aprendeu, da mesma maneira que uma pessoa que vai ao colégio não pode desfazer-se do que aprender nessa instituição. Por conseguinte: "Uma vez Maçon, sempre se será Maçon". De modo idêntico, uma vez convertido em Discípulo, em Irmão Leigo ou membro de uma Escola de Mistérios, sempre seremos Discípulos, Irmãos Leigos ou membros dessa Escola. Embora seja assim, e vida após vida tornemos a nos relacionar com a mesma Ordem a que estivemos filiados nas existências anteriores, podemos, em qualquer vida, conduzir-nos de tal maneira que nos seja impossível perceber isso em nosso cérebro, e, em benefício de todos os estudantes citarei um caso elucidativo.

Quando fui levado ao Templo da Ordem dos Rosacruzes na Alemanha, fiquei surpreso encontrando lá um homem que conheci na costa do Pacífico isto é, a quem tinha visto poucas vezes embora nunca tivesse falado com ele. Naquela ocasião parecia ocupar na sociedade a que estávamos vinculados, uma posição muito superior à minha e eu ainda não lhe havia sido apresentado. Contudo, saudou-me calorosamente e parecia ter perfeito conhecimento de sua vinculação com essa sociedade, sobre o nosso encontro nela, etc.. Ao voltar à América esperava obter muitas informações desse Irmão, se tivesse a sorte de tornar a encontrá-lo no Oeste. Quando cheguei à cidade em que estava, alguns amigos comuns disseram que ele me esperava ansiosamente e que queria muito encontrar-se comigo. Portanto, logo que o encontrei, dirigi-me para ele. Sem vacilar dei-lhe um caloroso aperto de mão. Ele também pareceu reconhecer-me. Chamou-me pelo nome e tudo parecia indicar que sabia o que havia ocorrido a ambos enquanto nos encontrávamos fora do corpo. Além disso, dissera-me no Templo que se lembrava de tudo quanto lhe ocorria enquanto estava fora do seu corpo no que acreditei sem vacilação, posto que era de grau muito superior ao primeiro, no qual eu acabara de ser recebido.

No dia do nosso encontro físico, depois de conversar uns momentos, disse-lhe algo que fez com que me olhasse como se eu estivesse enganado. Referi-me a certo incidente que ocorrera em nosso encontro no Templo e parecia que ele nada sabia acerca do mesmo. Embora já houvesse falado tanto fui obrigado a dizer mais, pois do contrário pareceria um tolo. Lembrei-o de que havia afirmado que se recordava de tudo. Ele negou e no final da entrevista pediu-me insistentemente que procurasse descobrir por que, se era um Irmão Leigo da Ordem Rosacruz, não podia se lembrar do que lhe ocorria quando estava fora do corpo. Segundo me constava, ele esteve em vários serviços do Templo e tinha tomado parte neles, embora ignorasse tudo o que havia ocorrido. O mistério se esclareceu pouco mais tarde, quando soube, por ele mesmo, que fumava e ingeria drogas que lhe obscureciam o cérebro até o ponto de lhe ser impossível lembrar-se das suas experiências psíquicas. Depois que lhe disse isto, fez um valente esforço para livrar-se desse hábito.

Este caso demonstra quão necessário é sermos puros em nossos hábitos e considerarmos o nosso corpo como o Templo de Deus, evitando profaná-lo como evitaríamos profanar a casa de Deus feita de pedras e cimento, que não é nem um milionésimo tão sagrado como o corpo de que somos dotados.

O cérebro, em particular, é o maior e o mais importante instrumento com que realizamos a nossa obra no Mundo Físico e é evidente que não deveremos usar tóxicos nem drogas que o aviltem, impedindo-nos de realizar o progresso que anelamos.

 

 

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Capítulo VIII - Origem e Desenvolvimento da Cura

 


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