FRATERNIDADE ROSACRUZ

Serviço de Véspera de Natal – Rosacruz

A Virgem Celeste com o deus Sol em seus braços, JAKnaap.

 

1.    Preparar o ambiente com músicas de Natal

2.    Um membro, de preferência de sexo oposto ao do orador, convida os presentes a cantarem, de pé, a terceira estrofe do Hino Rosacruz de Abertura

3.    O Leitor ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina e auxilia na leitura.

4.    Em seguida dirige aos presentes a saudação Rosacruz:

 

Queridas irmãs e irmãos: (Fixa o Símbolo)

 

"QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ"
(
Todos respondem: E na vossa também)

 

(Todos sentam, menos o oficiante)



Uma vez mais, no transcurso de um ano, encontramo-nos em véspera de Natal, o acontecimento mais importante para a humanidade, estejamos ou não conscientes desse fato. Evocando solenemente esta noite memorável, leiamos o relato da Anunciação e do Nascimento de Jesus Cristo, tal como exposto no primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas e no segundo capítulo do Evangelho de São Mateus, nas Sagradas Escrituras que nos foram dadas pelos Anjos do Destino:

“E foi enviado por Deus o Anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, que se chamava José da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria. E, entrando o Anjo onde ela estava, disse-lhe: ‘Deus te salve, cheia de graça, o Senhor é contigo: Bendita és tu entre as mulheres’. Ela , tendo ouvido estas coisas, turbou-se com suas palavras e discorria pensativa que saudação seria esta. E o Anjo disse-lhe: ‘Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. E este será grande, e será chamado FILHO DO ALTÍSSIMO, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu Pai Davi, e reinará eternamente na casa de Jacó; e o seu reino não terá fim’. E Maria disse ao Anjo: ‘Como se fará isso, pois, eu não conheço varão?’. E respondendo o Anjo disse-lhe: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra e por isso mesmo o Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus’.

Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, reinando o rei Herodes, eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: ‘Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque vimos a Sua Estrela no Oriente e viemos adora-lo’. E, ouvindo isto, o rei Herodes turbou-se e toda a cidade de Jerusalém com ele. E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes, estes o disseram: ‘Em Belém de Judá, porque foi escrito pelo profeta: e tu, Belém, Terra de Judá, não és a mínima entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que há de comandar Israel, meu povo’. Então, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente que tempo havia que lhes tinham aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide e informai-vos bem acerca do menino e, quando o encontrardes, comunicai-mo a fim de que eu também o vá adorar’. E eles, tendo ouvido estas palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo a estrela ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram presentes de ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho a seu país”.

Aprendemos, através dos ensinamentos dos Irmãos Maiores da Rosacruz, que os solstícios de verão e inverno, juntamente com os equinócios de primavera e outono, forma os pontos de transição na vida do Grande Espírito da Terra, um Raio do Cristo Cósmico, que veio a ajudar a humanidade a substituir a Lei pelo Amor. Ele tomou os Corpos Denso e Vital de Jesus e apareceu como homem entre os homens, para demonstrar que somente através de um trabalho interno é possível superar a separatista religião de raça e estabelecer a Fraternidade Universal.

Em setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre. Uma luz começa a resplandecer nos céus e a espalhar-se por todo o universo solar. Gradualmente, essa luz aumenta em intensidade, envolvendo totalmente o nosso globo. Pouco a pouco vai penetrando em nosso planeta, até concentrar-se no centro da Terra. Na Noite Santa, quando o signo zodiacal da Virgem Celestial Imaculada se coloca sobre o horizonte oriental, essa luz alcança o máximo de poder e resplendor. Começa a irradiar, então, seu concentrado raio luminoso, infundindo vida nova a Terra e assegurando, deste modo, as atividades da natureza para o ano seguinte. Este é o princípio do grande drama cósmico que se realiza todos os anos, nos últimos meses do ano. Sendo assim, o Natal não é meramente a comemoração do nascimento de nosso amado Irmão Maior, Jesus de Nazaré, senão também o advento do influxo rejuvenescedor, de amor e de vida, de nosso Pai Celestial, enviado por Ele para redimir o mundo da mortal guerra do inverno. Sem este novo influxo de vida e energia divinas, logo pereceríamos fisicamente e nosso regular processo de progresso seria frustrado, no que concerne atual linha de desenvolvimento. Agora é quando a Terra se encontra mais próxima do Sol. Os raios espirituais caem em ângulo reto sobre a superfície da Terra (no hemisfério norte), promovendo espiritualidade, ao mesmo tempo em que as atividades físicas se mantém latentes, em reserva, devido ao ângulo oblíquo com que os raios solares incidem e penetram em nosso globo. O decaimento das atividades físicas cede lugar a um poderoso fluxo das forças espirituais que alcançam o ponto máximo na noite de 24 para 25 de dezembro. Daí que a noite de Natal seja chamada Noite Santa, a mais sagrada do ano.

Por outro lado, não devemos olvidar que o nascimento de Cristo na Terra é ao mesmo tempo a morte de Cristo para a glória dos céus. É quando novamente Ele toma sobre si a pesada carga física, por nós cristalizada e presentemente a nossa morada: a Terra. Nessa pesada cruz, Cristo voluntariamente se deixa crucifixar, ao moroso trabalho de redenção da humanidade, aguardando ansiosamente o dia de sua final libertação. Qual deverá ser, pois, a aspiração maior do devoto e iluminado místico, já consciente da grandiosidade do seu sacrifício, da magnitude desta graça conferida por Deu à humanidade, na presente época do ano? Qual deverá ser a atitude do cristão místico, ante o real sacrifício de Cristo por nós, o maior exemplo do “dar de si mesmo”, ao submeter-se a uma morte virtual, a fim de que através dele possamos viver? Qual deve ser a sua maior aspiração ao sentir o influxo e espargir desse maravilhoso Amor sobre a Terra inteira, neste fim de ano? Será certamente o anseio de imitar, embora dentro de suas limitadas proporções, as potentosas obras de Deus; a aspiração de converter-se, mais do que nunca, em servidor da Cruz; o de seguir mais de perto o Cristo em tudo numa obra amorosa, alegre e desinteressada, buscando elevar a todos os seus semelhantes em seu imediato círculo de relações, a fim de antecipar o dia da Libertação Final. Se assim agirmos, dentro de nossa pequena esfera, sem olhar maiores coisas até que tenhamos terminado a obra em mãos descobriremos que nesse esforço obtivemos um espantoso crescimento anímico. Aqueles que nos rodeiam observarão algo diferente em nós, que não poderão definir, algo melhor que de qualquer modo lhes está manifesto. Eles verão o Espírito do Natal, a Luz do Cristo recém nascido brilhando em nossa esfera de ação.

Queridos Irmãs e Irmãos:

Esforcemo-nos por alcançar, durante o próximo ano, um maior grau de vivência Cristã, em relação as conquistas anteriores. Busquemos viver de tal modo que, ao transcorrer novo ano vejamos a Luz do Natal e escutemos dentro de nós o tanger dos sinos evocando nossa presença ao Serviço da Noite Santa e sintamos que nossa vida tem realmente sido frutífera, na vinha de Cristo, o Senhor e a Luz do Mundo.

Entremos agora em SILÊNCIO e, por alguns instantes concentremo-nos sobre este tema: ESTA NOITE É A MAIS SANTA DO ANO.



5.  O período de concentração deve prolongar-se por uns 7 minutos, e deverá se rompido por música de Natal.

6. Após o que recobre o Símbolo, acende as luzes e lê a admonição de partida:

E agora, queridas Irmãs e Irmãos, retiremo-nos silenciosamente, falando apenas o que seja absolutamente necessário, e de novo meditemos sobre estas coisas.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

 

Solstícios e Equinócios

 por António de Macedo

Aspiración Espiritual y el Hemisferio Sur

Por Richard Koepsel

 

 


 
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