Resposta da Pergunta Nº 58 :

Quando o Ego se prepara para renascer, desce através do Segundo Céu, onde é ajudado pelas Hierarquias Criadoras a criar o arquétipo para o seu futuro corpo. Infunde nesse arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Esses arquétipos são espaços ocos e têm um movimento sonante, vibratório, que atrai para si o material do Mundo Físico, colocando todos os átomos do corpo numa vibração sintonizada com a de um pequeno átomo localizado no coração, o átomo-semente, que, a exemplo de um diapasão, dá o tom a todo o resto do material no corpo. No momento em que uma vida toda foi vivida na terra, as vibrações no arquétipo cessam, o átomo-semente é removido, o corpo denso começa a decompor-se e o corpo de desejos, no qual o Ego funciona quando está no Purgatório e no Primeiro Céu, assume a forma do corpo físico. Então, o homem começa no Purgatório o seu trabalho de expiação dos maus hábitos e ações praticadas na terra. Em seguida, no Primeiro Céu passa pela assimilação do bem praticado durante sua existência material. O que antecede dá idéia do que sucede comumente quando o curso da natureza não é perturbado. Mas, o caso do suicida é diferente. Eliminou o átomo-semente, mas o arquétipo oco ainda continua vibrando. Por essa razão, ele sente como se também estivesse oco e experimenta um suplício interior que pode ser comparado à aflição causada por uma fome intensa. Material para a construção de um corpo denso está todo ao seu redor, mas falta-lhe o padrão do átomo-semente. Por isso, é-lhe impossível assimilar essa matéria e construir um corpo com ela. Esta horrível sensação de vazio manter-se-á pelo tempo que a sua vida deveria ter durado. Desta maneira, a Lei de Causa e Efeito ensina-lhe quanto é errado não comparecer às aulas da escola da vida, e essa falta não passará impunemente. Na vida seguinte, quando as dificuldades cercarem o seu caminho, recordará os sofrimentos do passado resultantes do suicídio, e enfrentará uma nova experiência para alcançar seu crescimento anímico.

 


V O L T A R