Resposta da Pergunta Nº 44 : Responder a essa pergunta requereria muitos volumes, mas podemos dizer que, do ponto de vista do ocultista, há quatro categorias de insanidade. A insanidade é sempre causada por uma ruptura na corrente de veículos entre o Ego e o corpo denso. Esta ruptura pode ocorrer entre os centros cerebrais e o corpo vital, ou entre o corpo vital e o corpo de desejos, entre o corpo de desejos e a mente, ou entre a mente e o Ego. A ruptura pode ser completa ou apenas parcial. Quando a ruptura acontece entre os centros cerebrais e o corpo vital, ou entre este e o corpo de desejos, temos os idiotas. Quando a ruptura ocorre entre o corpo de desejos e a mente, o comando é exercido pelo violento e impulsivo corpo de desejos e temos o maníaco alucinado. Quando a ruptura se dá entre o Ego e a mente, a mente domina os outros veículos e temos o louco astuto, que pode enganar o seu enfermeiro fazendo-o acreditar que é perfeitamente inofensivo enquanto trama algum plano ardiloso e diabólico. Repentinamente, pode revelar a sua mente perturbada e causar uma terrível catástrofe. Há uma causa de insanidade que seria aconselhável esclarecer, para ser possível evitá-la. Quando o Ego se prepara do mundo invisível para o renascimento, mostram-lhe várias encarnações que lhe podem ser úteis. Ele vê a vida futura nos seus maiores e mais importantes acontecimentos, como um filme rodando diante da sua Visão. Geralmente, é-lhe dada a opção de escolha dentre as várias vidas apresentadas. Naquele momento, vê as lições que precisa aprender, o destino que gerou para si em vidas passadas, e qual a parte desse destino que terá de liquidar em cada uma das encorporações oferecidas. Então, faz a sua escolha e é guiado pelos agentes dos Anjos do Destino para o país e a família onde vai viver a sua vida futura. Essa vista panorâmica desenrola-se diante dele no Terceiro Céu onde o Ego sente-se espiritualmente acima das sórdidas considerações materiais. É muito mais sábio do que quando renasce aqui na Terra, onde se torna cego pela carne até um ponto inconcebível. Mais tarde, quando a concepção tiver ocorrido e o Ego deve entrar no útero materno, aproximadamente no décimo oitavo dia após esse acontecimento, começará o contato com o molde etérico do seu novo corpo físico criado pelos Anjos do Destino, para formar o cérebro que imprimirá sobre o Ego as tendências necessárias para tecer seu destino. Ali, o Ego vê novamente desfilar as imagens da sua vida futura, da mesma forma que o afogado percebe as imagens da sua existência passada - num lampejo. O Ego, que já está parcialmente cego a respeito da sua natureza espiritual, quando percebe que a vida futura será penosa, freqüentemente reluta em penetrar no útero e fazer as conexões cerebrais apropriadas. Procura retirar-se rapidamente e, ao invés de ser concêntrico como os corpos vital e denso deveriam ser, o corpo vital, formado de éter, pode ser parcialmente puxado acima da cabeça do corpo denso. Nesse caso, a conexão entre os centros sensoriais do corpo vital e o corpo denso é rompida e o resultado será idiotice congênita, epilepsia, dança de São Vito, e doenças nervosas similares. A relação desarmoniosa entre os pais, o que às vezes existe, é freqüentemente a gota d'água que leva o Ego a não querer introduzir-se em tal ambiente. Por essa razão, nunca é demais convencer os prováveis pais que, durante o período de gestação, é da máxima importância que tudo deva ser feito para que a mãe permaneça num estado de satisfação e harmonia. A passagem pelo útero é um empreendimento penosíssimo para o Ego, solicita toda a sua sensibilidade a um grau máximo, e as condições desarmoniosas do lar em que vai entrar ser-lhe-ão, naturalmente, uma fonte adicional de desconforto, a qual pode resultar no terrível estado de coisas acima mencionado. |