ESPIRITUALISMO – CIÊNCIA
Memória e Espiritualidade
ESPIRITUALISMO –
CIÊNCIA
Memória e
Espiritualidade
Memória é o ato de gravar e
reter as imagens adquiridas, dispondo-as ordenadamente para que certos grupos
respondam a um estímulo predeterminado, havendo, assim, a possibilidade de
recordar o impresso, mnemonicamente, com ordenação sensorial. Sem a memória,
nenhuma experiência teria valor para a mente. Cada ato seria sempre novo e não
seria possível o progresso. A memória é função do Corpo Vital.
A memória caracteriza-se
por quatro operações: fixação, conservação, evocação e
reconhecimento.
Fixação é o ato pelo qual a
consciência registra os fatos recentes. Faz-se com tanto maior vigor quanto mais
agradável for o tom afetivo. Daí, a importância do professor simpático e
compreensivo para auxiliar a aprendizagem das crianças. A simpatia e a
afetividade auxiliam o desenvolvimento da memória na sua tarefa de fixação da
matéria ensinada.
Pela conservação, a
consciência mantém as impressões fixadas. Para que haja conservação, são
necessárias integridade orgânica, boas condições psíquicas, especialmente
durante a infância e a adolescência, e riqueza de associação de
idéias.
Pela evocação, a
consciência reproduz o material psíquico conservado. A capacidade de evocar
permite a fidelidade da memória. Temos tendência a esquecer tudo o que é
desagradável, ao passo que podemos evocar fielmente todos os momentos de
felicidade.
A fixação, a conservação, a
evocação e o reconhecimento devem ser cultivados e desenvolvidos para os nossos
exercícios espirituais. Só assim, poderemos proceder, com eficiência, à
retrospecção diária, condição indispensável à construção do traje de
bodas.
*
A memória possui
qualidades: facilidade, tenacidade, presteza, fidelidade e exatidão. A
facilidade depende de boa fixação; a tenacidade, de boa conservação; a presteza,
de boa evocação; a exatidão, de bom reconhecimento e de boa
localização.
Se nos detivermos a
observar o exposto, veremos como, não só para a nossa vida diária, os nossos
trabalhos e os nossos estudos, como para a nossa vida espiritual, são
necessários tais conhecimentos com vistas à fidelidade com que possamos
reproduzir as experiências a que fomos submetidos.
Há, ainda, três tipos de
memória: visual, auditiva e verbo-motora. Visual é aquela que reproduz o que foi
visto, como se fosse uma imagem fotográfica. É considerada o tipo superior e
corresponde aos indivíduos intelectualmente mais desenvolvidos. Auditiva é
aquela em que a pessoa guarda melhor o que ouve. Corresponde ao tipo
intermediário. Verbo-motora é aquela em que a pessoa precisa articular para
gravar. Corresponde ao terceiro tipo e é considerado o menos
intelectualizado.
Os três tipos de memória
têm aplicação na vida espiritual: guardando o que é visto, relembrando o que é
ouvido, repetindo oralmente o que deve ser repetido.
São essas as
características da memória normal. Porém, ela também pode apresentar
perturbações: de origem orgânica ou organógenas e de origem psíquica ou
psicógenas.
As perturbações de origem
orgânica verificam-se nas psicoses e nas psiconeuroses orgânicas.. Os
oligofrênicos, entretanto, apresentam memória chocante, enumerativa e objetiva.
Dizem, por exemplo, o nome de todas as marcas de automóveis. As perturbações de
origem psíquica são mais leves e, geralmente, são reversíveis. Aparecem, muitas
vezes, como secundárias a outros processos.
*
Os distúrbios da memória
podem ser: difusos e localizados. Difusos são os que se apresentam como,
caracteristicamente, na demência senil. Os localizados surgem num momento ou
fase da vida da pessoa. Podem ser: lacunares, anterógrados, retrógrados e
retro-anterógrados. Os lacunares referem-se ao traumatizado que não se recorda
do período em que esteve comocionado. Os anterógrados referem-se à situação em
que, após um trauma, o indivíduo começa a ter debilidade de memória, a partir do
fato mórbido. Os retrógrados verificam-se quando a pessoa perde a memória dos
fatos mais antigos. Os retro-anterógrados ocorrem em certos processos difusos,
em certos traumatismos graves. São de caráter temporário, havendo tendência para
a recuperação.
A memória está
estreitamente relacionada com o Corpo Vital. Podemos educá-la como podemos
educar os nossos desejos e os nossos sentimentos. Sem a memória, nenhuma
experiência nem estudo algum teria valor para a mente, não podendo haver
progresso, uma vez que cada ato seria sempre novo, sem que fosse armazenada a
experiência dos atos anteriores.
Cultivemos, assim, a nossa
memória, conhecendo-lhe o mecanismo e aplicando-a para o nosso desenvolvimento
espiritual.
-
Dra. Ophelia Guimarães.
Fonte: Correio Rosacruz, julho-agosto de 1960.
Documento Histórico Edição do CORREIO ROSACRUZ divulgando um Ciclo de Conferências Públicas Rosacruzes. Na foto, palestrando, a Dra. Ophélia Guimarães, compondo a mesa com a Sra. Irene Gómez Ruggiero, ao centro, e o Sr. Roberto Ruggiero, a direita. Na coluna da equipe do Correio, a Dra. Ophélia Guimarães compõe com a Sra. Irene Gómez Rugiero, a equipe de redatores principais. |
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