Música & Religião
 

Viver sobre a face da Terra, esta maravilhosa obra de Deus, é ser agraciado com a oportunidade de adquirir experiências que nos conduzem a tantos e tão variados caminhos, percorridos nos diversos ciclos de vida humana. 

Uns tomam o caminho do mal, seguindo pelas sendas da aridez espiritual; outros seguem as veredas do Bem, do altruísmo, da filantropia, e ainda outros procuram a trajetória do Belo, cuja expressão máxima encontramos nas Artes, principalmente na Música. 

Segue-se a Ciência com seu desenrolar contínuo dos mistérios da Natureza. Entrelaçando Ciência e Música, e completando um trio inseparável, temos as belezas da Religião, que despertam a alma, preparando-a para sentir a Deus que se manifesta em todas as coisas. 

Nos antigos e áureos tempos da Grécia, a Religião, a Arte e a Ciência eram ensinadas juntas nos Templos. 

A verdadeira Religião encerra a Arte e a Ciência, porque desvenda as belezas da vida em harmonia com as leis da Natureza. 

A verdadeira Ciência é artística e religiosa, porque nos ensina, no mais elevado sentido, a compreendermos as leis que governam nosso bem viver e explica porque a vida religiosa, bem dirigida, conduz à saúde e à beleza. 

A verdadeira Arte é tão educacional quanto a Ciência, e sua influência tão aperfeiçoadora como a Religião. 

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Antigas representações de músicos egípcios

 

Revolvendo toda a documentação histórica, vemos que a Música empolga a humanidade desde as mais remotas civilizações da Terra. 

Ela é conhecida entre os egípcios desde 5.000 anos antes de nossa era, e veio se aperfeiçoando através de gerações e gerações, evoluindo sempre num constante dinamismo até nossos tempos. 

"Jubal, pai de todos os tocadores de harpa e flauta".

Primeira menção de instrumentos musicais encontrada na Bíblia. Gênesis, 4: 21.

 

Entre os antigos hebreus, a Música manifestou-se, a princípio, entre os pastores. O acaso fez com que um deles, soprando num canudinho de cálamo, percebesse que um som se produzia. Daí a aperfeiçoá-lo, dar-lhe vida, não foi difícil. 

Dos lábios dos pastores, a música passou aos dos chefes de família, aos dos sacerdotes que a executavam em todas as cerimônias de culto religioso ou, ainda, em homenagem a seus grandes guias. 

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A primeira alusão que faz a Bíblia à introdução de cânticos na vida pública encontra-se no Êxodo, quando Moisés e os filhos de Israel atravessaram o Mar Vermelho graças à intervenção Divina. Atravessaram-no e, como fervorosa prece de agradecimento, entoaram uma melodia com os dizeres:”Cantemos ao Senhor. Ele é soberanamente grande!” 

Na Índia, a Música exerce enorme fascinação e podemos encontrar, na História remota da música hindu, citações interessantes, mesmo lendárias. Conta-se que, por exemplo, Civa, o deus dos deuses, dizia: “Para mim, prefiro o canto e a música dos instrumentos às preces e banhos. Por onde ecoa o som puro dos cânticos e dos instrumentos, nada de impuro permanece”. 

Longo seria enumerar tantas civilizações antigas até que chegássemos a várias outras eras como a Idade Média, a era Contemporânea em que os cânticos religiosos tiveram maior expansão, e outras muitas, num crescente desenrolar até o modernismo. 

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Os cânticos são, pois, em todas as épocas, a expansão dos sentimentos, principalmente religiosos, dos povos da Terra. 

Pode-se, portanto, assegurar a estreita união da Música com a vida espiritual. Como seria árido o nosso viver se não tivéssemos a suavidade embaladora dos sons das vibrações superiores! 

Todo o Universo é Música, em tudo há Harmonia completa, há um concerto permanente, maravilhoso, cujo executante é nosso Criador! E quanto esplendor nos transmitem os humanos que conseguem captar as belezas sonoras do além, belezas que são um pálido reflexo da música das esferas!

Fonte: Correio Rosacruz, março/1959.


 

Centro Cultural Pró-Música - Juiz de Fora/MG/BR

 

Foto: Orquestra de Câmera Pró-Música

http://www.promusica.org.br/

 

Criada em 1979, a Orquestra de Câmara Pró-Música trabalha para divulgar a música erudita, com especial interesse pela música colonial brasileira. Sob coordenação do maestro Nelson Nilo Hack, a orquestra já se apresentou nas mais importantes salas de concertos do país, executando, na íntegra, peças como, “A Missa da Coroação”, de Mozart, “Glória”, de Vivaldi, “Festa de Alexandre”, de Haendel, e “Paixão segundo São Mateus”, de Bach. O Projeto Renomados Solistas com Orquestra de Câmara é uma das atividades de destaque do grupo, com apresentações ao lado de nomes, como Nelson Freire, José Botelho, Arthur Moreira Lima, Noel Devos, Paulo Bosísio, Maria Lucia Godoy, entre outros. A orquestra gravou sete CDs de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, evento realizado, anualmente, pelo Centro Cultural Pró-Música. As gravações resgatam obras dos compositores setecentistas João de Deus de Castro, Lobo de Mesquita, Manoel Dias de Oliveira, Francisco Gomes da Rocha, Ignácio Parreiras Neves, José Maurício Nunes Garcia, Souza Negrão, Theodoro Cyro e do imperador Pedro I.

 

CLASSICAL ARCHIVES - MUSIC FOR THE REST OF US

 


Background music:

Johann Sebastian Bach

Johann Sebastian Bach Composer

Mein Jesu! was für Seelenweh, BWV487; 1736; vocal.


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