CAPÍTULO XI

A ASTROLOGIA COMO AUXILIAR NA ARTE DE CURAR

 

A base astrológica da cura

É fato bem conhecido do médico moderno que o estado do sangue, e, por conseguinte, de todo o corpo, muda de acordo com o estado mental do paciente, e quanto mais o médico empregar a sugestão como auxiliar dos remédios, tanto mais êxito obterá. Todavia, são poucos os que aceitariam o fato de que tanto nosso estado mental como o físico são influenciados pelos raios planetários, que mudam com o movimento dos respectivos planetas.

Desde que foi reconhecida a existência da radioatividade, as investigações levaram a constatar que todos os corpos celestes lançam partículas radioativas no espaço. Na telegrafia sem fio demonstra-se-nos que as ondas etéreas viajam rapidamente e seguramente através do espaço e atuando por meio do manipulador de acordo com a nossa vontade. Sabemos também que os raios do Sol nos afetam de modo diferente pela manhã, quando nos atingem horizontalmente, do que ao meio-dia, quando caem sobre nós perpendicularmente. Se os raios luminosos do Sol, que se movem rapidamente, produzem mudanças físicas e mentais, por que não teriam efeito correspondente os raios persistentes dos planetas mais lentos? Estes raios planetários têm realmente essas influências sobre a nossa saúde, constituindo um importante fator que não pode ser ignorado por nenhum cientista que se ocupe com o bem estar do corpo humano. Por isso podemos obter resultados mais rápidos, quando os raios estelares são mais propícios para a cura de uma determinada enfermidade ou para o tratamento com remédios preparados sob condições auspiciosas.

Se os médicos estudassem a ciência da Astrologia, poderiam diagnosticar com eficiência, despendendo um esforço muito menor do que os médicos leigos nessa matéria. Alguns médicos já estão percebendo este fato e descobriram experimentalmente que os corpos celestes têm influência sobre o corpo humano. Por exemplo, quando o autor esteve em Portland, Oregon, ouviu um médico dizer que se realizasse uma operação enquanto a Lua está no crescente, isto é, entre a Lua Nova e a Lua Cheia, sempre teria êxito, não se devendo apresentar complicações. Por outro lado, quando as circunstâncias o obrigavam a realizar uma operação quando a Lua estava no minguante, isto é, entre a Lua Cheia e a Lua Nova, sempre havia perigo de complicações e as operações nunca eram tão satisfatórias como as que realizava enquanto a Lua estava no crescente.

A maneira de descobrir as peculiaridades do Espírito que habita no corpo do paciente, consiste em calcular seu horóscopo e ver quais os momentos propícios para a administração das drogas, dando as ervas adequadas no tempo devido. Paracelso fazia assim e sempre obteve êxito com seus pacientes: nunca se enganou. Hoje existem alguns que utilizam a Astrologia com esses propósitos; o autor por exemplo a está utilizando para diagnosticar em muitos casos. Sempre pode prever as crises no estado do paciente: as passadas, as presentes e as futuras, o que capacitou para aliviar as pessoas que sofriam de diversas enfermidades.

A Astrologia só deveria ser utilizada com essa finalidade e jamais ser degradada para adivinhar o futuro e ganhar dinheiro, porque, como todas as ciências espirituais, deve ser empregada somente em benefício da humanidade, sem nenhuma consideração mercenária.

Nosso sistema solar é constituído por 7 Planetas de forma aproximadamente esférica. Cada uma destas esferas tem sua própria nota-chave, emitindo um som que é diferente do som de qualquer outro corpo celeste. Um ou mais deles vibram em sincronia particular com o átomo-semente do Ego que está buscando incorporação. Este planeta corresponde à "tônica" da escala musical, e embora as notas de todos os planetas sejam necessárias para construir completamente o organismo, cada corpo se modifica e diferencia de acordo com o impacto básico dado pelo planeta mais harmonioso que se converte assim no regente dessa vida. O que acontece com a música terrestre também sucede com a celeste; há harmonias e dissonâncias e elas se imprimem no átomo-semente ajudando a formar o arquétipo. Formam-se assim linhas vibratórias de energia que mais tarde atraem e ordenam as partículas físicas como os grãos de areia se distribuem em figuras geométricas ao se passar um arco de violino pelo prato de bronze que os contém.

O corpo físico forma-se mais tarde segundo estas linhas vibratórias arquetípicas, e desta maneira vem a expressar exatamente a harmonia das esferas, tal como ressoava no período de sua construção. Este período, todavia, é mais longo do que o da gestação e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pela vida que procura manifestação física. O processo de construção do arquétipo não é contínuo porque quando os aspectos dos planetas emitem sons aos quais o átomo-semente não pode responder, essas vibrações apenas passam sobre o átomo-semente ficando este à espera de um novo som que possa empregar para continuar formando o organismo no qual vai expressar-se.

Assim sendo, o organismo terrestre que cada um de nós habita é modelado de acordo com as linhas vibratórias produzidas pelo som das esferas. As dissonâncias que se manifestam como enfermidades são provocadas, em primeiro lugar, pelas desarmonias espirituais internas. É evidente também que se conseguirmos obter conhecimento exato das causas diretas dessas desarmonias e as remediarmos, as manifestações físicas da doença logo desaparecerão. Esta informação pode ser conseguida pela consulta ao horóscopo natal porque nele cada planeta em sua casa e signo exprime harmonia ou desarmonia, saúde ou enfermidade. Portanto, todos os sistemas de cura são adequados somente na medida em que se tomem em consideração as harmonias e desarmonias estelares expressas pela roda da vida: o horóscopo.

Embora as leis da Natureza normalmente governem os reinos inferiores de maneira absoluta, podem ser neutralizadas por leis espirituais quando se trata dos reinos superiores. Por exemplo, o perdão dos pecados, quando reconhecidos e confessados, com o devido arrependimento, neutraliza a ação exclusiva da Lei de Conseqüência, a lei que exige "olho por olho e dente por dente".

Quando Cristo utilizou o corpo de Jesus na terra e curou os enfermos, Ele, que era o Senhor do Sol, encerrava em Si a síntese das vibrações estelares, da mesma maneira que a oitava musical contém todas as tonalidades da escala, e portanto podia emitir de si mesmo a influência planetária corretiva requerida em cada caso. Ele sentia a desarmonia e sabia imediatamente como desfazê-la em virtude de Seu exaltado desenvolvimento. Não tinha necessidade de nenhum preparo prévio pois obtinha os resultados instantaneamente, substituindo a desarmonia planetária causadora da enfermidade que estava curando, pela harmonia. Só em um caso recorreu à lei superior e disse: "Levanta-te; teus pecados estão perdoados".

Sucede o mesmo com o método de cura Rosacruz pois depende do conhecimento das discordâncias planetárias que causam a enfermidade e da influência corretiva que pode remediá-la. Isto tem sido suficiente em todos os casos de que temos notícia até agora. Existe, todavia, um sistema mais poderoso que pode ser utilizado de acordo com as leis superiores, as quais podem acelerar o restabelecimento em casos muito antigos, e, em certas circunstâncias, onde exista um sincero e sentido reconhecimento de culpa, este poderá apagar os efeitos da enfermidade antes que o destino frio duro decrete o contrário.

Quando contemplamos com visão espiritual uma pessoa enferma, tenha ou não seu corpo extenuado, torna-se evidente que os veículos sutis são muito mais tênues do que durante a saúde. Por isso não transmitem ao corpo físico a quota necessária de vitalidade, e assim fica mais ou menos quebrantado. Mas qualquer que seja o estado de extenuação do resto do corpo físico, certos centros tênues mesmo quando gozamos de perfeita saúde, em grau diverso de desenvolvimento espiritual do homem ficam obstruídos em maior ou menor grau de acordo com a gravidade da enfermidade. Isto se aplica especialmente no que concerne ao centro que se encontra entre as sobrancelhas. Nesse ponto o Espírito está emparedado, às vezes a tal ponto que perde todo o contato com o mundo externo e com o seu progresso, de sorte que se concentra de tal forma sobre si mesmo e sobre o seu próprio estado que só a completa ruptura com o corpo físico pode pô-lo em liberdade. Este processo pode durar muitos anos e, nesse tempo, as discordâncias planetárias que produziram a enfermidade inicial podem ter desaparecido, mas o paciente já não está em condições de se valer dessas circunstâncias favoráveis. Nesses casos é necessária uma emissão espiritual especial, para levar à alma a mensagem de que "seus pecados foram perdoados". E uma vez que tenha ouvido essa mensagem, pode responder à ordem: "Toma o teu leito e anda".

No estado atual da humanidade ninguém alcançou, nem de Perto, a estatura espiritual do Cristo; por conseguinte,' ninguém pode exercer Seu poder nesses casos extremos, pois existe atualmente tanta necessidade dessa poder em manifestação ativa, como há dois mil anos. O Espírito compenetra tudo no nosso planeta mas em graus diferentes. Tem mais afinidade com algumas substâncias do que com outras e sendo uma emanação do Princípio Crístico, é o Espírito Universal que constitui o Mundo do Espírito de Vida, que restaura a harmonia sincrônica do corpo.

Leis de compatibilidade e de receptividade sistemática

Existem duas leis básicas na ciência da Astroterapia ou cura por meio dos raios estelares. Uma é a Lei de Compatibilidade e a outra é a Lei da Receptividade Sistemática. Mediante o conhecimento e a aplicação inteligente dessas leis os enfermos recuperam a saúde muito mais depressa do que de qualquer outra maneira e com o mínimo de esforço da parte do médico.

No momento da concepção, a Lua está no grau que constitui o Ascendente do nascimento. O corpo vital é então colocado no útero materno, como matriz em torno da qual irão se agrupando os elementos químicos que formarão o corpo físico. O corpo vital emite um som semelhante ao zumbido de uma abelha. Durante a vida, este som etéreo atrai e fixa os elementos químicos do nosso corpo, de maneira que formem órgãos e tecidos. Enquanto as ondas sonoras etéreas do nosso corpo vital estiverem em harmonia com a nota-chave do nosso arquétipo, os elementos químicos com que nutrimos nosso corpo denso serão devidamente distribuídos e assimilados, mantendo-nos em estado de saúde, estejamos gordos ou magros, rosados ou pálidos, seja qual for a nossa aparência exterior. Mas desde que as ondas sonoras do corpo vital destoem da nota-chave do arquétipo, esta dissonância provoca desordens no agrupamento dos elementos químicos do nosso alimento, de uma maneira incompatível com as linhas de força do arquétipo.

Manifestam-se então a eliminação imperfeita dos resíduos e o acúmulo de toxinas e crescimento anormais ou estados enfermiços de toda espécie, continuando a enfermidade até que se tenha restabelecido a harmonia do corpo vital. Uma vez eliminada a causa invisível, os efeitos visíveis desaparecem e a saúde é restaurada. Podemos, pois, ver que a enfermidade incipiente se manifesta no corpo vital antes que o corpo físico comece a mostrar sinais de perturbações, e que a restauração do corpo vital também precede a convalescença do corpo físico.

Quando uma pessoa em bom estado de saúde sofre um acidente, seu corpo vital fica ileso e somente dias depois poderá sentir toda a extensão do dano causado. Se a pessoa sobrevive ao choque produzido pela máxima dissonância entre o corpo vital e o arquétipo, as probabilidades são boas para a recuperação.

O tom da vibração etérea do corpo vital é determinado pelo signo ascendente, pela razão dada. Cada um dos doze signos produz um som diferente do dos outros signos, da mesma maneira que cada uma das doze notas da escala cromática difere das outras. Algumas notas se unem harmoniosamente, produzindo efeito agradável, enquanto que outras são basicamente discordantes e ferem nossa sensibilidade. De modo análogo, a harmonia dos signos ascendentes faz algumas pessoas combinarem entre si e as tornam capazes de se ajudarem e se curarem umas as outras quando seja necessário, enquanto que as pessoas cujos signos ascendentes são desarmônicos entre si, não podem prestar e nem receber ajuda entre si.

A primeira consideração a ter em conta, quando se está tratando de um caso, é descobrir a relação espiritual básica entre o médico ou curador e o paciente. Se a Lei de Compatibilidade mostra harmonia, as perspectivas são boas e prometem um rápido restabelecimento, mas se há discordâncias, o paciente deve dirigir-se a outro médico com quem se encontre em harmonia.

Este é o sistema utilizado pelos Irmãos Maiores para distribuir os diferentes pacientes entre os Auxiliares Invisíveis e é a chave do êxito que temos tido para beneficiar a todos os que se dirigiram a nós pedindo auxílio.

Astrologicamente existem quatro elementos: Fogo, Ar, Terra e Água. Os planetas são focos por meio dos quais se projetam as influências dos signos sobre a criança recém-nascida, dando o tom do corpo, especialmente se se encontram no Ascendente. O êxito do médico varia na proporção que sua constituição se harmonize com o ascendente do paciente seja ígneo, terrestre, aéreo ou aquoso.

Quando no horóscopo de uma pessoa, Saturno ocupa qualquer grau zodiacal que se encontre dentro da primeira ou da sexta casa de outra, essas pessoas são incompatíveis e incapazes de se beneficiarem mutuamente. Marte e Urano também têm efeito maligno, mas sua força desaparece rapidamente: pode ser comparada à mordida de um cão "terrier". Mas a influência de Saturno é como dentada de um "bull-dog": profunda, demorada, "que não solta".

O Sol é o grande reservatório da Vida, exatamente o oposto de Saturno. Por isso é fácil compreender que sua posição é particularmente benéfica para certas classes de pacientes e em certas enfermidades. Esta influência é determinada por sua posição nas triplicidades. Os que têm o Sol em um dos signos ígneos, têm grande poder curativo sobre as pessoas que sofrem de enfermidades regidas por esses signos, enquanto que os que têm o Sol em signos aéreos, dominam as enfermidades comuns a tais signos, e assim sucessivamente. Os que nasceram sob o signo cardeal de determinada triplicidade, têm grande êxito no tratamento dos casos agudos das afecções pertencentes a esses três signos, enquanto que quem tenha o Sol em um signo fixo pode curar muito bem as enfermidades crônicas dessa triplicidade. Os nascidos com o Sol em signo comum são os que têm menos êxito como curadores, mas têm mais poder em acalmar os enfermos, produzindo muitas vezes seu restabelecimento graças à influência tranquilizante que exercem sobre os nervos do paciente. Essas pessoas são as indicadas para enfermeiras, sempre que pertençam à mesma triplicidade, especialmente quando existem desordens mentais ou quando as enfermidades físicas forem causadas por preocupações mentais.

Assim, pois, as pessoas nascidas quando o Sol se encontrava nos signos ígneos: Aries, Leo ou Sagitário, têm êxito particularmente no tratamento das enfermidades do coração, da cabeça, da medula espinhal, da região femural, das febres, etc. Os nascidos em abril, com o Sol em Aries, são os melhores para tratar os casos agudos dessas enfermidades. Os nascidos em agosto com o Sol em Leo, teriam mais êxito nos casos crônicos, onde outros fracassariam, e se esses médicos contam com os serviços de um enfermeiro ou enfermeira que tenha o Sol em Sagitário, contarão com a ajuda que ninguém poderia igualar. O mesmo ocorre com as demais triplicidades.

Influência da Lua na Cura

A Lua é o corpo celeste que faz as cousas acontecerem e tudo quanto os demais planetas prognosticam não produz fruto enquanto a Lua não levar à culminação.

Dentro do corpo humano produz-se como uma maré, um fluxo e refluxo, semelhante ao que se produz no mundo externo. Há períodos críticos em certas enfermidades que podem ser facilmente determinados pela Lua. Por isso, é muito importante que todos compreendam a influência desse planeta extraordinário.

Existe uma força cósmica que culmina na Lua Nova e outra quando a Lua está Cheia. Tudo o que se inicia na Lua Nova aumenta em intensidade e culmina ao produzir-se a Lua Cheia. Esse período marca o fluxo da vida que vem do Sol e que é refletida pela Lua. Esta força é um grande auxílio para construir o corpo e mantê-lo em boa saúde. Da Lua Cheia à Lua Nova esta força luminosa vai ficando obscura e tudo quanto se haja começado, começa a se desvanecer até desaparecer.

Sabendo que a Lua tem estas duas influências, segundo esteja crescente ou minguante, é fácil deduzir que deve ser levada em conta nos tratamentos. Todos eles, como por exemplo as drogas, podem dividir-se em duas classes gerais: estimulantes e sedativos. A primeira classe tem um efeito mais eficiente se usada durante o quarto crescente, ao passo que a outra é muito mais efetiva se usada no minguante.

A regra geral é a seguinte: desde o tempo da Lua Nova até a Lua Cheia, os estimulantes produzem o efeito máximo e os sedativos o mínimo. Devem ser diminuídas as doses dos estimulantes e aumentadas as dos sedativos. A exceção é quando a Lua crescente se aproxima da conjunção com Saturno. Nessa ocasião devem ser dadas maiores doses de estimulantes e menores de sedativos. Quando a Lua está em crescente e se aproxima da conjunção com Marte e Mercúrio, os estimulantes têm seu efeito máximo e os sedativos o mínimo.

Quando a Lua crescente está em bom aspecto com Júpiter e Vênus, o estímulo cardíaco produz os resultados mais duradouros. As palpitações são tratadas mais efetivamente quando a Lua está minguando e os aspectos dos planetas mencionados são favoráveis.

Os estimulantes cardíacos devem aplicar-se com grande cuidado quando os aspectos lunares com esses planetas são desfavoráveis e especialmente quando a Lua é Nova. Os anestésicos também podem produzir casos fatais nessas ocasiões. Inibindo as funções do nervo pneumogástrico até certo ponto, aquietamos a ação do coração; isto equivale à aplicação de um sedativo na Medicina. A manipulação deste nervo do modo descrito, equivale à aplicação de um estimulante medicinal.

Polaridades planetárias

Estudando o magnetismo devemos ter presente que tratamos de uma energia invisível, e o melhor que podemos fazer é explicar a forma em que se manifesta no Mundo Físico, como fazemos quanto tratamos de qualquer outra força. O Mundo Físico é o mundo dos efeitos; as causas permanecem ocultas a nossos olhos embora estejam mais próximas de nós do que nossos pés e nossas mãos. A Força encontra-se ao nosso redor, sempre invisível, somente perceptível pelos efeitos que produz.

Por exemplo, se tomamos um prato cheio de água e a deixamos congelar podemos ver miríades de cristais de gelo, formosas figuras geométricas. Estas figuras mostram as linhas de força ao longo das quais se congelou a água. Estas linhas estavam presentes antes que a água se congelasse, mas permaneciam invisíveis até que se produzissem as condições necessárias para sua manifestação.

Da mesma maneira existem linhas de força que se produzem entre dois pólos de um ímã. Não são vistas nem sentida, até colocarmos limalha de ferro próximo à elas: a limalha formará então determinada figura geométrica. Estabelecendo as condições necessárias podemos fazer com que as linhas de força da Natureza mostrem seus efeitos movendo nossas carruagens levando nossas mensagens a milhares de quilômetros de distância, etc., mas a força em si, está sempre invisível. Sabemos que a força magnética passa em ângulo reto com a corrente elétrica que lhe dá origem; conhecemos a diferença entre as manifestações das correntes elétricas e das magnéticas, que dependem uma da outra, mas jamais vimos nenhuma delas, embora ambas sejam os servos mais valiosos que possuímos atualmente.

O Magnetismo pode ser dividido em "mineral" e "animal", embora na realidade seja um só. Mas o primeiro tem muito pouca influência sobre os tecidos animais e o segundo é geralmente impotente quando age sobre os minerais.

O Magnetismo mineral deriva diretamente da pedra ímã que se emprega para magnetizar o ferro. Este processo dá ao metal assim tratado a propriedade de atrair o ferro. Esta espécie de ímã é muito pouco empregada porque seu magnetismo se dissipa gradualmente e além disso é muito fraco em relação ao volume, principalmente porque a força magnética não pode ser controlada como nos chamados "ímãs permanentes".

O "eletroímã" é também um ímã "mineral". Consiste simplesmente em uma peça de ferro envolvida por inúmeras voltas de arame. A força deste ímã varia em proporção ao número de voltas do dito arame e a intensidade da corrente elétrica que passa por ele.

A eletricidade está em toda parte ao nosso redor em estado difuso, não se podendo utilizar com fins industriais até que tenha sido comprimida e forçada a passar pelos cabos elétricos mediante poderosos eletroímas. Para termos eletricidade é indispensável, em primeiro lugar ter magnetismo. Antes de pôr-se em marcha um gerador elétrico, seus "campos", que não são mais do que eletroímãs, têm que ser magnetizados. Se assim não for, é inútil girá-lo o tempo que se quiser pois jamais gerará corrente nem para acender uma lâmpada nem para levantar um grão de areia. Tudo depende de que exista primeiramente o magnetismo. Depois que o magnetismo tenha estabelecido, sempre deixa um resíduo quando se pára o gerador. Esse resíduo é chamado de "magnetismo residual" e serve de núcleo de força inicial para reativar o magnetismo toda vez que se põe novamente em marcha o gerador.

Todos os corpos vegetais, animais e humanos são apenas mineral transformado. Todos procedem inicialmente do reino mineral em primeiro plano e a análise química dos corpos das plantas, dos animais e do homem demonstra esse fato além de qualquer dúvida. Demais, sabemos que as plantas obtém seu sustento do solo mineral e tanto o homem como o animal comem minerais ao ingerirem as plantas como alimento. Mesmo quando o homem como os animais, está absorvendo minerais compostos, obtendo assim do alimento tanto as substâncias minerais como a força magnética que contêm.

Vemos esta força manifestando-se no sangue como "hemoglobina", ou seja a substância vermelha corante do sangue que atrai o oxigênio dador da vida, quando se põe em contato com ele nos milhões de diminutos vasos capilares dos pulmões, levando-o consigo por todo o corpo, através desses vasos capilares que unem as artérias e veias. Por que é assim?

Para podermos compreender isso temos que nos familiarizar um pouco mais com a forma pela qual o magnetismo se manifesta no uso industrial.

Sempre há dois campos magnéticos ou um múltiplo de dois no gerador ou motor, sendo cada "campo" alternado: um "pólo norte" e outro "pólo sul". Se queremos ligar dois ou mais geradores em "múltiplo" e forçar a eletricidade gerada no mesmo cabo condutor, o primeiro requisito é que as correntes magnéticas nos respectivos campos magnéticos corram na mesma direção.

Não sendo assim, eles não correndo juntos, gerariam correntes indo em direções opostas e queimando os fusíveis. Isso ocorreria porque os pólos de um gerador que deveriam atrair se repelem e vice-versa. O remédio consiste em trocar os terminais dos cabos que magnetizam o campo. A corrente magnética de um gerador se tornará idêntica à do outro e eles correrão suavemente juntos.

As mesmas condições regem a cura magnética. Ao nascer, as forças estelares impregnaram cada um de nós com certa intensidade vibratória ou polaridade magnética que constitui o nosso batismo planetário ao inalarmos nosso primeiro alento. Esta característica vibratória vai-se modificando durante nossa peregrinação pela vida mas o impulso inicial permanece impassivelmente o mesmo e, portanto, o horóscopo natal é o que retêm o maior poder vital na existência para determinar nossas simpatias e antipatias, assim como todas as demais coisas. Na realidade, seu pronunciamento é muito mais seguro do que nossos gostos e desgostos conscientes.

Algumas vezes encontramos pessoas das quais aprendemos a gostar mesmo que nos dêem a sensação de exercerem uma influência prejudicial sobre nós que não podemos explicar e que, portanto, procuremos nos afastar delas. Uma comparação do seu horóscopo com o nosso revelará logo a razão e se somos bastante sábios para escutar sua advertência, logo a seguiremos pois do contrário, tão certo como os planetas girarem em torno do Sol, viveremos para lamentar nossa negligência em não obedecer ao que "está escrito".

Todavia, existem também muitos casos em que não sentimos antipatia nenhuma por certas pessoas, embora o horóscopo a revele e se examinarmos os signos comparando ambos os horóscopos, podemos nos sentir inclinados a confiar em nossos sentimentos mais do que nos prognósticos estelares dos horóscopos. Mas isso também nos trará atribulações, porque a polaridade planetária se manifestará a seu tempo, a menos que ambas as partes sejam suficientemente evoluídas para dominar seus astros pelo menos até certo ponto. São poucas as pessoas que se encontram nessas condições. Se utilizarmos nossos conhecimentos astrológicos para comparar os horóscopos pelo menos das pessoas que se ponham em contato com nossas vidas, poderemos evitar a nós e a elas muitos desgostos. Isto é particularmente aconselhável acerca do médico e dos seus pacientes e sobretudo a respeito da pessoa com quem se pretende contrair matrimônio.

Quando alguém está enfermo a resistência orgânica está no mais baixo nível e por esse motivo não está em condições de resistir às influências externas. Daí terem as vibrações do sanador um efeito irresistível e embora esteja animado dos propósitos mais altruístas, desejando verdadeiramente influir em benefício do paciente, se os astros lhe são adversos no momento do nascimento, seu magnetismo pode ter um efeito prejudicial sobre o paciente. Por este motivo é necessário que todo sanador tenha um bom conhecimento de Astrologia e da Lei de Compatibilidade, pertença aos que curam por magnetismo ou à escola de médicos, porque estes últimos também infundem suas vibrações magnéticas na aura do paciente e ajudam ou obstaculizam, conforme a harmonia e sintonização que exista com a polaridade planetária do enfermo.

O que dissemos acerca do sanador aplica-se decuplicadamente à enfermeira ou enfermeiro porque estes estão com o paciente praticamente todo o tempo e seu contato com ele é muito mais íntimo.

Para o médico, enfermeira e paciente, a compatibilidade fica determinada pelo Signo Ascendente, Saturno e a Sexta Casa. Se os signos ascendentes se harmonizam em sua natureza, de modo que todos tenham signos ígneos, terrestres, aéreos ou aquosos, estão em perfeita harmonia. Mas se o paciente tem como Ascendente um signo aquoso e o médico ou a enfermeira um signo ígneo, os efeitos serão deploráveis.

É necessário também assegurar-se de que Saturno, no horóscopo do médico ou da enfermeira, não se encontra em nenhum dos signos do zodíaco que estejam dentro da sexta casa do paciente.

 

 MANDALA ASTROLÓGICO UNIVERSAL

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Capítulo XII - Bases Terapêuticas da Luz, da Cor e do Som

 


 Max Heindel

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