Fernando Pinto
ESPIRAIS
poemas
Prefácio
Sobre a obra poética do saudoso Desembargador Dr. Fernando Pinto, também filósofo e professor de Português, Literatura e Direito, escreveu Carlos Drummond de Andrade: " ... poesia de pura essência, que este livro contém...", ao comentar seu livro "Gênese" editado em 1977.
Às palavras de nosso saudoso poeta, Carlos Drumond de Andrade, acrescentaram-se outras tantas manifestações favoraveis, das quais destacamos:
"... A poesia filosófica parece, hoje, inteiramente perdida e em vão a procuramos nas montagens que andam por aí, última decantação de um imagismo que não se reconhece. Fernando Pinto, órfico, volta-se para a essência das coisas, para o seu mistério, sem jamais perder recorte e transparência..."
José Arthur Rios
"...Gênese es un monólogo donde la idea refulge como un ser vivo, siempre estremecida de recónditas urgencias humanas..."
Artigas Milans Martinez (Uruguay)
"...Sua expressão revela um espírito dotado do poder de ir ao fundo da essência das coisas, ou do que elas sugerem, bem como ao fundo das almas, e do que elas contêm... O franciscanismo traduzido, muitos dos seus poemas também me tocou ..."
Alphonsus de Guimaraens Filho
"... Cecília Meirelles, Paulo Bonfim, Nilo Aparecida Pinto e Geir Campos. Estes não são propriamente simbolistas; entretanto, adotaram uma espécie de neo-simbolismo que veio colocar novamente a poesia no seu verdadeiro lugar. Todas estas considerações foram motivadas pelo aparecimento do livro "Gênese", de Fernando Pinto, poeta que, a nosso ver, é também neo-simbolista..."
Helio C. Teixeira
" ... poemas de tanta harmonia, quanto sutileza em seus versos, que fazem o leitor meditar e viajar pelo infinito!"
Benjamin Moraes
"...O poeta de "Gênese" filia-se ao grupo de poetas modernistas que, procurando renovar o processo poético, não caem nos exageros de figurações formais, ou informais, nem naquele hermetismo impenetrável..."
Alvaro Faria
A Revista "Amistad", editada pela Fraternidade Rosacruz de Corrientes, na Argentina, publicou, em seu número XX, de fevereiro de 1978, vertido no belo idioma de Cervantes, o poema "Exortação", inserto no livro "Gênese", de Fernando Pinto:
" Exhortación
Labra tu tierra, labrador!
Revuelve sin parar.
Irrígala
Con las aguas de tu sudor,
con la sal de tus lágrimas,
con las gotas de tu sangre.
Después,
Arrojale la simiente de tu alma.
Labra tu tierra, labrador,
hasta que la lluvia etérea la humedezca
y el eterno Sol la haga germinar
para siempre.
Labra tu tierra, labrador!"
A Fraternidade Rosacruz Max Heindel, Centro Autorizado do Rio de Janeiro, sente-se honrada com a edição online de mais um volume das obras poéticas de Fernando Pinto, filósofo, professor, magistrado, poeta neo-simbolista, místico e também discípulo e conferencista da Fraternidade Rosacruz Max Heindel no Rio de Janeiro durante várias décadas.
PARTE I - ESPIRAIS
Mensagem
Lenda das Rosas
Alento
Alquimia
Momento de Prece
Anelo
Redenção
Ode
Purificação
Determinação
Fiat Lux
Triunfo
No dia em que
PARTE II - LÍRICA
Receita
Floral
Carta
Mater
Identidade
Rio de Janeiro
PARTE III - NON SENSE
I
II
III
IV
V
VI
PARTE IV - CIRANDINHA
Retorno
Reinado
Criança
Convite
Reflorescência
PARTE I - ESPIRAIS
Mensagem
Vai, poesia, leva a toda parte,
nas asas do sentimento, esta mensagem eólia,
traduz em todas as línguas o lúcido discurso,
a notícia peregrina do amor universal.
Sê a nuvem de esperança que flutua pelo céu,
a brisa que retempera os corpos extenuados,
a água que refrigera a garganta ressequida
pela voz metalizada de duras imprecações,
o pólen que o vento leva p'ra fecundação do espírito,
a força da consciência que o homem não ouve mais.
Conduze a fala eloquente da fraternal afeição,
reeinsina o homem a amar.
Suplanta os credos extremos, as teses separatistas,
nivela num mesmo abraço os antípodas gerais;
reensina a perdoar.
Cura o vazio das almas que ao homem cristaliza,
que à mulher rouba-lhe a graça, e à criança a inocencia;
reensina-os também a crer.
Dize-lhes o bom que é chorar, que a lágrima é bálsamo
a enternecer corações.
Reensina o homem a sentir.
Que se descerrem os lábios na mesma doce canção;
reensina o homem a cantar.
Mostra-lhe a beleza dos astros, as divinas luminárias com que DEUS incendiou o negrume dos espaços.
Reensina-o a contemplar.
Vai, poesia, cumpre o destino sublime,
agita o teu verso branco
num amplo gesto de paz!
Lenda das Rosas
Quando JESUS, no alto do madeiro,
teve ferido o flanco,
de seu corpo o sangue redentor
surdiu em gotas
humificando a terra.
Então, do musgo que cobria
a triste nudez do calvário,
rosas de púrpura
em torno se formaram.
Uma delas, porém,
quando MARIA,
aos pés da cruz,
em silêncio,
soluçava,
recolheu-lhe dos olhos
o orvalho santo.
Por isso,
além das rosas rubras
- sinal de renúncia e de perdão -
uma sobressai imaculada:
a Rosa Branca...
Alento
Abro a janela
à sublime Claridade.
O refrigério divino
rejuvenesce as fibras
do meu espírito.
Alquimia
Enorme , fundo, aterrador, pungente,
um grito fere o silêncio.
Síntese do desespero,
clama à indiferença dos homens.
Entanto, o potencial do grito
leva algo do sofrer de cada um,
como resultante vetorial
do meu
do teu
do nosso
do grito universal.
Só pela alquimia da dor
(solvente de todas asw distâncias)
a humanidade será conduzida
à retorta solidária do Amor...
continua
Breve: o livro completo!
" Eu sou a luz do mundo;
quem me segue, de modo algum andará em trevas,
mas terá a luz da vida."
João 8:12
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