A Convergência Espiritual dos Diferentes Grupos que Evoluem Sobre a Terra
e o Advento da Era Cristã de Fraternidade Universal
A presença dos Reis Magos - Negros, Brancos e Amarelos - ilustra a universalidade da missão de Cristo , a unidade da Raça Humana e a diversidade sócio-cultural , histórica e psicológica de suas etnias.
“Max Heindel afirma que "A Fraternidade está acima das diferenças raciais e se esforça por unir a todos pelo laço do amor." e recomenda que as pessoas pratiquem a Irmandade Universal nunca mencionando ou reconhecendo diferenças de nacionalidade, porque todos somos um em Cristo. Urge a que olhemos mais além das formas diferenciadas que cegam e não deixam ver a inalienável unidade de cada alma com os demais, e a esquecer o aspecto às vezes pouco atraente de nosso próximo e a buscar a essência divina oculta dentro de cada um. Max Heindel acrescenta que enquanto permaneça atado por laços familiares, nacionais, ou tribais, a pessoa está respondendo ao sangue antigo, às velhas maneiras, que não se podem amalgamar com a Irmandade Universal. Esta só poderá se materializarr quando as pessoas se casem internacionalmente, porque quando existem tantas nações a forma de uní-las é por meio do matrimônio internacional. Que possamos esforçar-nos para alcançar os objetivos da Era de Aquário tal como Max Heindel delineou-nos." - Elsa M. Glover, PhD. |
O CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS nos diz que há sete Raios de Vida. Cada Espírito Virginal de nossa humanidade pertence a um desses raios de vida. Assim, desde nossa origem como Espíritos Virginais, temos diferenças de constituição que tornaram necessária a nossa divisão em grupos distintos de evolução. A necessidade de prosseguir na divisão da humanidade em grupos acentuou-se durante o atual Período Terrestre, especialmente a partir da Época Atlante, onde as diferenças evolutivas fizeram com que novos grupos SURGISSEM para atender a essas necessidades diversas. Esses grupos com características semelhantes, considerando as suas trajetórias evolutivas, são denominados pelo CONCEITO de raças.
Diz o CONCEITO: “Quando nasce uma raça, as formas animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo ponto.... Quando uma raça atinge o limite de sua evolução, os corpos ou formas dessa raça começam a degenerar até a raça extinguir-se.”
O CONCEITO identifica dezesseis raças, que caracteriza como os “dezesseis caminhos da destruição”, devido ao perigo das almas se aderirem demasiadamente às características de cada uma delas, a ponto de se tornarem incapazes de sobre passar a idéia de raça e obstar assim seu progresso. Há também o risco das almas se cristalizarem tanto na raça até que se aprisionem aos seus corpos. Esse apego à raça pode ocorrer mesmo nos casos de raças com elevado desenvolvimento material e cultura avançada, do qual os judeus são um bom exemplo.
Na Época Lemúrica, havia somente uma raça, chamada de Raça Lemúrica, quando o ser humano ainda era inconsciente do Mundo Físico e se reconhecia como um ser espiritual. Sua linha de desenvolvimento era, portanto, voltada para a obtenção de conhecimentos materiais. Nas Escolas Iniciáticas de então, ensinava-se a arte, as leis da Natureza e os fatos relacionados com o Universo físico, fatos e coisas hoje em dia de conhecimento de todos. Era necessário, então, que o foco do desenvolvimento se voltasse para o Mundo Físico e não mais para os Mundos Espirituais.
Uma vez que despertou a consciência do Mundo Físico, através do processo conhecido esotericamente como a “queda do homem”, os olhos do ser humano abriram-se para o mundo. Esse despertar foi feito de forma abrupta, não de acordo com os desígnios dos Guias que orientavam a humanidade, pela ação dos Espíritos Lucíferes, um grupo de seres da onda de vida dos Anjos, que se rebelou contra a as diretrizes evolutivas determinadas por Jeová. Esse despertar abrupto teve conseqüências para a evolução humana, representada simbolicamente pela expulsão prematura do Jardim do Éden, ou seja, a perda da visão e da consciência etéreas. À medida que evoluía, o mundo e as relações do mundo com o ser humano, bem como as relações entre seres humanos, tornavam-se cada vez mais complexas. Novas divisões em outros grupos se tornaram necessárias nas Épocas Atlante e Ária, de modo a que o ser humano pudesse lidar com essa complexidade, já que as diferenças evolutivas se acentuaram.
Vários fatores influenciaram a diversidade de condições a que os diferentes grupos evolutivos foram submetidos. Observe-se que, de início, os grupos em evolução não dispunham de muita mobilidade espacial, já que os meios de locomoção eram ainda muito primitivos. Certamente, os espíritos relacionados a um mesmo grupo evolutivo renasciam, em sua maioria, nas mesmas terras e nas mesmas raças. Isso certamente fazia com que grupos de regiões diferentes tivessem trajetórias evolutivas diferentes, pois as culturas, os hábitos e os costumes eram diversos. Entretanto, um mesmo espírito estava condicionado a experimentar os mesmos tipos de cultura, hábitos e costumes, enquanto renascesse nas mesmas terras ou raças.
A mobilidade social era também pequena, especialmente entre os povos com forte estratificação social, em que a formação de castas ou aristocracias era uma barreira a essa mobilidade. A ascensão social era difícil, senão impossível em algumas culturas, o que gerou condições propícias para o florescimento de preconceitos e diversas formas de opressão. Isso também limitava as oportunidades para trajetórias evolutivas mais amplas e mais diversificadas por parte dos espíritos. A própria Iniciação era um processo restrito a apenas alguns grupos. Somente com a vinda de Cristo esse estado de coisas foi mudado, em particular quanto à Iniciação, que foi aberta a todos que assim o desejassem, o que foi simbolicamente representado pelo “romper do véu”, realizado por Cristo.
Mas é importante frisar neste ponto que, segundo o CONCEITO, o que se projeta para o futuro da humanidade é a convergência para novamente todos formarem uma só raça, que começará seu curso ao início da Sexta Época. As almas devem reconhecer que não são corpos, nem raças, mas sim Egos buscando a perfeição e uma vida em fraternidade. Essa ânsia de fraternidade é uma das conseqüências do grande trabalho de Cristo.
Tendo esse postulado em mente, percebe-se que as condições hoje prevalecentes apontam claramente para essa convergência. Tanto a mobilidade espacial quanto a mobilidade social cresceram exponencialmente, o que faz com que cada espírito possa renascer em condições as mais diversas de uma vida para outra, dificultando assim o apego a uma determinada raça ou grupo. As barreiras sociais e aquelas formadas pelos preconceitos têm sido gradativamente rompidas, em nome de uma maior igualdade de oportunidades para evoluir. Os espíritos assim dispõem de mais chances de não se tornarem apegados às raças ou a nações, embora permaneçam sempre vinculados ao seu Raio de Vida, conforme dissemos no início. Os espíritos passam a dispor, assim, de maiores oportunidades de escolha para sua própria evolução, já que as migrações sociais e espaciais foram amplamente favorecidas com o avanço da civilização, tanto nos aspectos materiais quanto nos aspectos culturais e sociais.
Podemos dizer que, hoje em dia, as diferenças evolutivas existem em maior proporção de indivíduo para indivíduo e não tanto de grupos para grupos, em função das grandes transformações a que é submetida a humanidade no sentido de se tornar uma única raça, a raça humana.
- Roberto G. Costa
A Filosofia Rosacruz não é dogmática, racista ou nacionalista. Busca a evolução da essência espiritual do ser humano, que não tem sexo, raça, religião ou nacionalidade. A Fraternidade Rosacruz considera ultrapassado o ponto de vista das lideranças raciais. A cultura da humanidade se tornou globalizada. Poucos seres humanos vivem isoladamente , o processo de globalização da cultura acelerou-se logaritmicamente. A experiência evolutiva de um indivíduo entre o nascimento e a morte no plano físico não é tanto determinada pela identidade racial. O fator prevalente da qualidade da experiência é o território.. Quando o espírito, ou essência espiritual do ser humano, retorna à Terra para o seu próximo renascimento ou reencarnação, em cerca de mil anos, estará mais interessado na topografia do nosso ambiente, mar, montanhas, deserto, rios, contribuição aos processos culturais, etc, que propriamente na cor de pele que poderia portar. A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), ratificada por 167 Estados, incluindo o Brasil (em 1968), reconhece que a discriminação “significa toda distinção, exclusão, restrição ou preferência que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o exercício, em igualdade de condições, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo, logo, a discriminação significa sempre desigualdade. (...) A discriminação ocorre quando somos tratados como iguais em situações diferentes, e como diferentes em situações iguais. (...) O combate à discriminação é medida fundamental para que se garanta o pleno exercício dos direitos civis e políticos, como também dos direitos sociais, econômicos e culturais”. No entanto, essas medidas, de caráter punitivo, não são suficientes para a implementação do direito a igualdade. “Isto é, para assegurar a igualdade não basta apenas proibir a discriminação, mediante legislação repressiva. São essenciais as estratégias promocionais capazes de estimular a inserção e inclusão de grupos socialmente vulneráveis nos espaços sociais.”
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