ESPIRITUALISMO-ARTE

 

RELIGIÃO  E  ARTE 

Dante Alighieri

(Florença, 29 de Maio de 1265 — Ravena, 13 ou 14 de Setembro de 1321)

Afresco transferido da madeira, por Andrea del Castagno.

Escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta ("o sumo poeta"). : Numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da língua italiana moderna. Nasceu em Florença, onde viveu a primeira parte da sua vida até ser injustamente exilado. O exílio foi ainda maior do que uma simples separação física de sua terra natal: foi abandonado por seus parentes. Apesar dessa condição, seu amor incondicional e capacidade visionária o transformaram no mais importante pensador de sua época.  Considerado  um Irmão Leigo (Iniciado) da Ordem Rosacruz.


 

        Toda manifestação artística é ligada à vida superior do Ego. Os verdadeiros artistas como Shakespeare, Dante e outros, através de seus personagens, nos ensinam e nos removem internamente, concorrendo para a formação de um caráter sadio. Naturalmente, não podemos levar em conta as obras literárias comuns que proliferam por toda a parte, em número bem maior, mas que somente sugerem meras imagens mentais. 

        É um fato conhecido pelos espiritualistas que, para conhecer a verdade a respeito da vida, necessitamos renascer muitíssimas vezes. Mas seria um erro pensar que a Sabedoria Divina tenha idealizado um longo plano evolutivo e não possua meios para acelerar e tornar digna, leve e agradável a evolução daqueles que, de boa vontade,  querem conhecer a verdade. Justamente, um destes meios, entre muitos, são as manifestações artísticas como auxiliares da Religião. 

        Encontrar a Verdade é unificar-se com DEUS, meta de toda evolução humana, seja consciente ou inconsciente, esta última para os seres que evoluem mediante a ação das Leis. 

        Conduzir os humanos para DEUS é o objetivo das religiões, como o expressa a própria palavra latina religare : ligar, unir a DEUS, a nossa origem. A Religião e a Arte constituem o caminho de volta, ponte sobre a qual devemos transitar para integrar-nos novamente ao princípio espiritual de Origem. Sábios, em virtude da Sabedoria extraída das inúmeras experiências assimiladas no longuíssimo peregrinar, e, por conseguinte, conscientes da Verdade. 

        Sendo a missão da Arte religar-nos ao Supremo Artista, o Criador, é necessário que ela nos infunda o conceito da Verdade, da Criação Divina, despertando um estado emocional que nos torne aptos a sentir e reconhecer a essência íntima das coisas, mesmo do Universo, essência a que pertencemos como espíritos. Semelhante estado emocional artístico constitui, sem dúvida, um forte impulso em nossa evolução. 

        Sabemos que é mais difícil sentir do que compreender. Pode-se estudar as  leis e os métodos empregados para a criação de uma determinada obra de arte, porém, descobrir o conceito de verdade nela contido e que nos fale à alma, torna-se necessário termos purificado, em grau bastante elevado, nossas emoções. À medida que estas vão se purificando, elevamo-nos sobre o Amor pessoal, sentimento indubitavelmente separatista. Caso contrário, ser-nos-á impossível penetrar no mundo das emoções superiores, de onde emana a Arte. 

        A Poesia, por exemplo, é uma das muitas expressões artísticas  -  mundo de autênticas emoções, no qual a essência de cada palavra constitui um centro de força emocional. 

         Disciplinando e purificando nosso entendimento através do cultivo e da assimilação da verdadeira Poesia, projetamo-nos, pelas assas da sensibilidade do poeta, nos mundos superiores, e alargamos os rígidos limites da consciência pessoal, rompendo as barreiras que criamos entre nós e a Vida Una, barreiras que impedem que sejamos uma verdadeira expressão da Vida de DEUS. 

        Max Heindel, em seu livro Mistérios das Grandes Óperas, expõe, com clareza e sabedoria inconfundíveis, os profundos ensinamentos e as verdades cósmicas relacionados com a evolução humana, expressos através do drama Fausto, escrito em forma poética pelo genial e iluminado Goethe  -  não deixando a mais leve dúvida quanto à poderosa influência da Religião e da Arte como fatores preponderantes na evolução do gênero humano. 

 

Johann Wolfgang von Goethe aos 69 anos, pintura de Joseph Karl Stieler, 1828

 

 Johann Wolfgang von Goethe

(1749 - 1832)

Considerado um Irmão Leigo (Iniciado) da Ordem Rosacruz,  sua obra abrange, além das inúmeras peças dramáticas, como o célebre Fausto, romances, contos, poesia lírica, cartas e descrições de viagens,

bem como estudos de ciências humanas e naturais, onde se destacam a Teoria das cores e a Metamorfose das plantas

 

 

 

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