Delmar Domingos de Carvalho
Excertos do livro
Vegetarianismo, a solução para uma vida e um mundo melhor
8
PRÓLOGO
O pai do escritor Jorge L. Borges dizia a um jovem filho, mostrando-lhe um açougue e um quartel próximos: observa-os, filho, porque em breve serão relíquias do passado.
A predição do Sr. Borges resultou muito optimista, e um largo século depois ainda devoramos animais e resolvemos as nossas diferenças pela força das armas.
Todavia, há chamas que nunca morrem. Como parte integrante das perguntas eternas que a humanidade se formula, aparece sempre a alimentação. E não é para menos: com uma dimensão biológica, cultural, social, psicológica, ética e espiritual, a alimentação sempre questionará ao ser humano. Desde que temos memória histórica o vegetarianismo foi jardim favorito de místicos, pensadores, precursores e gentes estranhas de toda a índole. O que numa geração é extravagância aparentemente impraticável, numa outra se transforma em algo quotidiano e assumido. Pensemos nas liberdades políticas, na educação universal, na promulgação dos direitos humanos, nas recentes promulgações dos direitos desses outros hominídeos que são os grandes primatas…Por insuficientes ou pouco garantidos que nos pareçam os avanços, mostram os sinais dos tempos de uma espécie que se sente chamada a criar em paz e a conseguir o que se proponha, por muita obscuridade que aparentemente a rodeia.
Prometeu é nosso mito colectivo, em sua versão ocidental.
O vegetarianismo não é património de grupo ou ideologia alguma. Cada vez mais é um movimento de gentes plurais, que erguem um mundo melhor, começando por algo tão íntimo, tão básico, como os nutrientes que constituem os seus corpos.
Esta tendência avança com mais força que nunca e às suas dimensões já enunciadas, podemos acrescentar outra mais moderna e bem estudada: a ecologia. O desastre ambiental que supõe manter a criação de gado bovino, por exemplo, não é sustentável.
Quantidades enormes de água e de proteínas vegetais de alto valor biológico, que poderiam matar a fome de continentes inteiros, são desperdiçados. As emissões de metano do aparelho digestivo destes animais contribuem para o aquecimento global. Se alguém tem, hoje em dia, consciência ecológica, pode fazer realmente muito por este planeta, reduzindo o seu consumo de carne.
O vaticínio do pai de Borges segue sem cumprir-se, porém, é uma questão de tempo. Os problemas globais relacionados com a alimentação impelem a humanidade e a colocam de novo diante de respostas tão simples e inofensivas. Respostas que, antes de tudo, moram em nosso interior.
Fiel a
este estilo, o escritor Delmar Carvalho trata este tema com a sua sensibilidade,
intuição e capacidade de síntese, habituais. Só posso, amável leitor ou leitora,
remeter-lhe para as páginas deste livro, onde poderá reflexionar, discutir,
aprender, sentir e repensar a sua própria vida, se assim, o
deseja.
Luis Blanco Andrés
Médico de Família. La Cabrera, Madrid, Espanha.
Tradução:
Delmar Domingos de
Carvalho
" Eu sou a luz do mundo;
quem me segue, de modo algum andará em trevas,
mas terá a luz da vida."
João 8:12
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