CARTA Nº 56

Julho de 1915

A NECESSIDADE DE DIFUNDIR OS ENSINAMENTOS

 

Relendo a lição mensal que acompanha esta carta, avaliando o resultado das investigações feitas há algum tempo atrás, impressionou-me de novo e mais intensamente, o fato da existência das temíveis condições que pesam sobre nós. Atualmente, quando os horrores da guerra apontam números sem precedentes dos que passam do mundo físico para os reinos invisíveis sob condições horripilantes, parece apropriado um esforço extraordinário para, dentro do possível, terminar ou minimizar o mal. A Fraternidade Rosacruz é só uma gota de água no oceano da humanidade, mas se fizermos a nossa parte, obteremos uma maior oportunidade de serviço.

Não há melhor recurso para as presentes condições do que o conhecimento da continuidade da vida e sabermos que, periodicamente, renascemos sob a imutável Lei de Conseqüência. Se estes fatos e tudo o que eles implicam pudessem trazer de volta ao lar um grande número de pessoas, este fermento deveria basicamente agir para ajudar a mudar condições em todo o mundo. Um homem, Galileu, mudou o ponto de vista da humanidade em relação ao sistema solar. Ainda que sejamos apenas alguns milhares, não será possível exercer alguma influência sobre a opinião do mundo, quando sabemos que essas leis são verdadeiras?

Freqüentemente ouvimos dizer que as pessoas não se interessam pelos assuntos espirituais e que não conseguiremos que nos ouçam. Na realidade, não é assim. Milhares de pessoas ocorreram para ouvir Billy Sunday, o notável evangelista. Se uma grande parte sentiu-se atraída por curiosidade ou compareceu para zombar, outros milhares sentiram um forte desejo de algo que nem eles mesmos puderam definir, mas que justificou suas presenças. Recentemente teve lugar um debate entre um evangelista de New York e um advogado acerca do assunto: "Onde estão os mortos?" Esse encontro foi efetuado num auditório que comportava milhares de indivíduos e que ficou repleto nos três dias de debate. Todos os lugares estavam ocupados e, se bem me lembro, muitos nem de pé encontraram lugar. Não, o humanidade procura alguma coisa; procura-a com todo o coração. Depende unicamente de nós desempenhar bem esta tarefa ante os olhos do mundo, divulgando a explicação racional da vida que os Irmãos Maiores nos transmitiram. É um grande privilégio executar esse serviço, e será bom para nós executá-lo.

Mas a questão é: Como? Eu sugiro e pergunto: "O jornal que você lê diariamente não admitiria um artigo sobre a matéria?" Na Fraternidade existem centenas de pessoas capazes de escrever tais artigos. Um comitê podia ser formado para receber os artigos e fornecê-los a quem os pedisse. Também poderiam ser entregues aos editores dos jornais das suas respectivas cidades, proporcionando um veículo para a Fraternidade Rosacruz divulgar os seus ensinamentos. Se um artigo é bem escrito, raramente é recusado, pois os editores estão sempre desejosos de oferecer ao público- algo que possa parecer-lhes interessante, mesmo quando as simpatias desses editores estejam muito longe da essência do artigo.

Alguns estudantes poderiam escrever artigos curtos sobre "A Continuidade da Vida", e aqueles que estão desejosos de fazer com que se publiquem tais artigos nos jornais da sua localidade, podem escrever-nos. Enviem a sua correspondência sobre esse assunto ao Departamento de Publicidade, Mt. Ecclesia, com o seu nome e endereço.

Espero que este apelo tenha uma calorosa resposta.

 

 

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